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Medidas apresentadas por Costa "vão em boa direção" mas são insuficientes

Comentador do Jornal da Noite da SIC analisou propostas do Programa do XXIII Governo Constitucional para fazer frente às subidas dos preços.

Medidas apresentadas por Costa "vão em boa direção" mas são insuficientes
Notícias ao Minuto

22:20 - 10/04/22 por Notícias ao Minuto

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes deu início ao seu debate semanal na SIC referindo-se ao primeiro debate do novo Governo de António Costa, após a tomada de posse, e em que foi apresentado o Programa do XXIII Governo Constitucional.

O social-democrata começou por elogiar a postura do primeiro-ministro que se mostrou "solto e confiante". Algo que se deve também ao "demérito da Oposição que está numa fase ainda muito difícil", considerou, referindo que a Iniciativa Liberal foi a única excepção, enquanto o PSD "está numa fase em que não existe".

Em relação às propostas apresentadas pelo Governo, Marques Mendes quis distinguir duas situações diferentes. A primeira, refere-se “às medidas de emergência que o primeiro-ministro apresentou para combater a subida de preços quer na alimentação como na energia. Globalmente são medidas positivas e necessárias”, elogiou o comentador, defendendo ainda que “era preciso atuar de forma concertada”

“O que Costa apresentou vai numa boa direção: apoio a empresas e famílias mais pobres”, atirou.

Por outro lado, contudo, as medidas “são insuficientes”. Segundo Marques Mendes, “com os problemas que temos aí com subida de preços e falta de matérias-primas, muitas empresas não vão estar disponíveis para muitos concursos e vai ser preciso cumprir o PRR até 2026. Ou Bruxelas alarga os prazos ou Portugal e outros países vão perder dinheiro", considerou.

Ainda sobre a análise ao Governo, o também político apontou críticas ao novo ministro da Economia,  António Costa Silva, a quem acusa de ter tido um “exercício de incoerência”.

“Anunciou a hipótese de um novo imposto sobre as empresas. Mas em 2018 tinha dito o oposto", lembrou, referindo-se a uma entrevista ao jornal Público, em 2018, em que o atual ministro afirmou que "uma política que hostiliza as empresas e o lucro não cria condições amigas do investimentos e do desenvolvimento do país"

"Também demonstrou ideia de impreparação porque dá uma ideia mas não sabe ainda como aplicá-la. Não foi feliz mas ainda está a tempo de repensar”, atira o comentador.

Por fim, quando questionado, sobre o facto de António Costa ter respondido a Marcelo, sobre um eventual abandono do executivo antes do fim do seu mandato, Marques Mendes considerou que o primeiro-ministro esteve bem em dar garantias de que se mantém no cargo até ao fim. Porém, está certo de que "o assunto não está arrumado. Acho que vai voltar a ser falado em 2024", concluiu.

Leia Também: Portugal é "porta de entrada" para a UE e outros mercados, diz Costa

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