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"André Ventura é um cobarde, todos os bullies o são"

Fabian Figueiredo, membro da Comissão Política do Bloco de Esquerda, deixou críticas ao líder do Chega e apontou, no Twitter, que "é fácil atacar crianças LGBTI+ e os mais pobres e excluídos de uma sociedade, principalmente, se pertencerem a uma minoria étnica historicamente perseguida".

"André Ventura é um cobarde, todos os bullies o são"
Notícias ao Minuto

09:25 - 09/04/22 por Notícias ao Minuto

Política Fabian Figueiredo

A repreensão de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, a André Ventura, deputado e líder do Chega, foi um dos momentos que marcou o segundo dia do debate do Programa do Governo, ontem, no Parlamento. 

"Há um cigano fugido noutro país depois de ter morto um PSP e que o patriarca da comunidade cigana diz que no seu modo, no seu tempo, o entregará à Justiça e, sobre isso, este Parlamento não deu uma palavra", apontou Ventura no Hemiciclo, falando num "paraíso de impunidade", antes de ser interrompido pelo presidente da Assembleia da República.

"Não há atribuições de culpa coletivas em Portugal", assinalou Augusto Santos Silva, recebendo aplausos de todas as bancadas, exceto a do Chega. "Peço que continue livremente a sua intervenção, respeitando esse princípio", rematou.

Sobre este momento, Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda, foi uma das personalidades políticas a reagir nas redes sociais. "Espero que toda a gente que, nos últimos anos, nos explicou que o Chega não é um partido de extrema-direita, tenha ouvido a intervenção fascizante que André Ventura acaba de fazer", sublinhou no Twitter. 

O membro da Comissão Política bloquista apontou ainda que "corajoso é atacar quem tem poder, mas esses a extrema-direita deixa intactos". E mais: "André Ventura é um cobarde, todos os bullies o são. É fácil atacar crianças LGBTI+ e os mais pobres e excluídos de uma sociedade, principalmente, se pertencerem a uma minoria étnica historicamente perseguida, como é o povo romani, em Portugal", terminou. 

Recorde-se que, queixando-se de ter sido alvo de "censura", o presidente do Chega pediu a palavra na Assembleia para protestar contra a repreensão que recebeu do presidente do Parlamento durante o debate: "Não tenho memória, sr. presidente, de um deputado eleito pelo povo português, tão deputado como os outros que aqui estão, ser interrompido pelo presidente da Assembleia da República em relação ao conteúdo da sua intervenção". 

Em resposta, Augusto Santos Silva citou o número 3 do artigo 89.º do Regimento da Assembleia da República. "O orador é advertido pelo Presidente da Assembleia da República quando se desvie do assunto em discussão ou quando o discurso se torne injurioso ou ofensivo, podendo retirar-lhe a palavra".

Leia Também: Chega fala em "censura". Presidente da AR pode interromper? Pode (e deve)

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