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Melo diz que Europeias são 1.º desafio e acredita num "bom resultado"

Nuno Melo, eurodeputado e candidato à liderança do CDS-PP, considera que eleger nas eleições europeias, às quais o partido deve concorrer sozinho, é "o primeiro desafio" do próximo líder e mostrou-se confiante num "bom resultado".

Melo diz que Europeias são 1.º desafio e acredita num "bom resultado"
Notícias ao Minuto

06:30 - 25/03/22 por Lusa

Política CDS-PP

Em entrevista à agência Lusa no âmbito do 29.º Congresso, marcado para 02 e 03 de abril, em Guimarães (distrito de Braga), o único eurodeputado eleito pelo CDS-PP considera que "o primeiro desafio" do partido será "manter a representação parlamentar" nas próximas eleições europeias, em 2024.

Nuno Melo considera que o partido deve concorrer sozinho e disse acreditar "profundamente" que será possível "ter um bom resultado".

"O CDS tem de fazer uma prova de vida e tem que mostrar que vale por si muito mais do que também pode fazer com os outros. O CDS neste momento governa muitas autarquias e os governos regionais em coligação, mas isso não invalida que o CDS tenha que fazer essa prova de vida, afirmando-se perante o eleitorado como um partido digno desse nome", defendeu.

Para Nuno Melo, "um partido só é digno desse nome quando não vai desesperadamente agarrado ao braço amigo".

Questionado quanto ao cenário de o CDS-PP perder a representação também no Parlamento Europeu, o candidato, que já foi vice-presidente na liderança de Assunção Cristas, considerou que "não era bom para o partido".

"Eu acredito profundamente que assim não vai ser, mas qualquer conclusão que tivesse de ser tirada era tirada por mim, a começar. Eu não sou daqueles que encontram fora as razões justificativas dos nossos desaires", garantiu.

Depois, os esforços estarão concentrados nas eleições legislativas que em princípio se disputam daqui a quatro anos, e Nuno Melo mostrou confiança no regresso do CDS-PP à Assembleia da República, devendo "reconquistar" o espaço entre PSD e Chega.

Para se distanciar de Chega e Iniciativa Liberal, o CDS-PP deverá falar de si e mostrar aos eleitores "a marca do CDS" através de "ideias nítidas", para evitar "comparações", concluiu.

Nuno Melo quer que a sociedade entenda o CDS-PP como um "partido útil" que é "humanista, personalista, democrata-cristão, aberto a correntes conservadoras e liberais" e não "uma folha de história que repetidamente invoca os seus pergaminhos do passado".

Se for eleito líder, Nuno Melo quer concentrar-se em "unir o partido, trazer ao partido muito daquilo que tem faltado, falar a pensar no futuro", o que passa por "reconciliar o CDS com o seu passado e projetar" o partido.

E advogou que o CDS-PP "tem que voltar a ser uma casa onde todas as ditas tendências se sintam naturalmente bem", nomeadamente "conservadores, democratas-cristãos e liberais".

O candidato, que indica na sua moção querer um partido de "centro-direita moderno", quer "transformar o CDS do ponto de vista da modernidade naquilo que é hoje o Partido Popular Europeu", beneficiando das "novas formas de fazer política", desde a comunicação ao funcionamento.

A nível financeiro, o candidato à liderança defendeu que os militantes devem pagar quotas e admitiu que haverá "certamente medidas, muitas delas duras, que têm de ser tomadas".

Questionado se poderão passar pelo despedimento de funcionários ou pela saída da sede nacional, Melo disse estar preocupado com as pessoas "muito mais que qualquer edifício, por muito emblemático que seja".

Quanto aos maus resultados dos últimos anos, que culminaram no afastamento do parlamento nas legislativas de janeiro, o candidato à presidência do CDS-PP recusou "estar a apontar dedos, a pedir cabeças", preferindo falar do futuro.

Nuno Melo, 56 anos, foi deputado e líder parlamentar do CDS-PP. É deputado ao Parlamento Europeu desde 2009.

O 29.ª Congresso do CDS-PP vai decorrer nos dias 02 e 03 de abril, em Guimarães (distrito de Braga).

Na reunião magna vai ser eleito o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da presidência do partido na sequência do resultado nas eleições legislativas de 30 de janeiro (1,6%), o pior da história do partido e que ditou a perda de representação no parlamento.

Além de Nuno Melo (que apresenta a moção de estratégia global "Tempo de Construir), são também candidatos à liderança do partido (para um mandato de dois anos) os vogais da Comissão Política Nacional Miguel Mattos Chaves e Nuno Correia da Silva.

Leia Também: CDS. Nuno Melo quer "o melhor do portismo" mas ter "marca própria"

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