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PCP admite "quebra eleitoral" e que perda de João Oliveira é negativa

O PCP reconheceu hoje a "quebra eleitoral" da coligação que liderou nas legislativas de 30 de janeiro no círculo de Évora e considerou que a não eleição de João Oliveira representa "um elemento negativo" para o distrito.

PCP admite "quebra eleitoral" e que perda de João Oliveira é negativa
Notícias ao Minuto

11:23 - 08/02/22 por Lusa

Política Legislativas

Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP admitiu que o resultado da CDU neste distrito "traduz uma quebra eleitoral", a qual teve "expressão particular na não eleição" do cabeça de lista, João Oliveira.

A falha da eleição para o parlamento do até agora líder parlamentar do PCP e deputado eleito pelo círculo de Évora, João Oliveira, "representa um elemento negativo na vida dos trabalhadores e do povo do distrito", assinalou.

Para a DOREV do PCP, o resultado obtido pela CDU no círculo de Évora, com 14,56% e um total de 11.494 votos, ficou "aquém do trabalho realizado dentro e fora da Assembleia da República e do notável contributo para os avanços e conquistas alcançados".

Entre outros, os comunistas sublinharam como "exemplos maiores" da sua ação o direito às reformas antecipadas pelos trabalhadores das pedreiras ou o início das obras de construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora.

Considerando que a maioria absoluta do PS e a eleição de dois deputados socialistas e um do PSD pelo círculo de Évora tornam o "quadro mais difícil", o PCP prometeu "intensificar a intervenção em defesa dos interesses e aspirações dos trabalhadores e das populações do distrito".

No círculo eleitoral de Évora, o PS foi o partido mais votado e o PSD reconquistou um mandato de deputado, tendo os comunistas ficado, pela primeira vez desde as primeiras eleições democráticas, sem qualquer parlamentar.

O cabeça de lista da CDU por Évora, João Oliveira, que era deputado à Assembleia da República desde 2005, eleito por este círculo eleitoral, e líder da bancada parlamentar comunista desde 2013, não conseguiu, assim, ser eleito para o parlamento.

Esta é a primeira vez, desde as primeiras eleições democráticas em Portugal, em 1976, que o PCP ou coligações por si lideradas não conseguem 'segurar' pelo menos um mandato de deputado por este círculo eleitoral alentejano.

Nas legislativas de 30 de janeiro, com o total das 69 freguesias dos 14 concelhos apuradas, o PS foi o partido mais votado (venceu em todos os concelhos) e obteve 43,95% dos votos (34.693), voltando a eleger dois deputados.

Tal como na legislatura que agora termina, Évora vai ser representada no parlamento pelos socialistas Luís Capoulas Santos, antigo ministro da Agricultura, e Norberto Patinho, antigo autarca de Portel.

O PSD, encabeçado por Sónia Ramos, presidente da distrital de Évora do partido, foi a segunda força política mais votada, com 21,41% dos votos (16.902), e, mais importante, reconquistou o mandato de deputado perdido nas legislativas de 2019.

Já a CDU recolheu 14,56% dos votos (11.494), ficando como terceira força política.

Em comparação com as legislativas de 2019, os comunistas conseguiram menos 2.486 votos.

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