Ventura diz que toda a narrativa política passa pelo Chega
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou hoje, num comício no Porto que "toda a narrativa política, da esquerda à direita" passa pelo partido que lidera.
© António Pedro Santos / Global Imagens
Política Eleições antecipadas
"Todo o diálogo e toda a narrativa política, da esquerda à direita, passa pelo Chega. Da esquerda à direita, [o debate] é se o Chega vai governar, se o Chega vai fazer maioria", criticou André Ventura, num jantar-comício na Alfândega do Porto, que juntou cerca de 300 pessoas.
Para André Ventura, a posição dos partidos já não se resume ao facto de serem "de direita ou de esquerda", mas "se vão governar com o Chega ou se não aceitam governar com o Chega".
"Chegámos ao ridículo de termos partidos com 1% nas sondagens a dizerem que não aceitam governar com o Chega", referiu.
No arranque do discurso, André Ventura voltou a frisar que acredita que o partido vai conseguir assumir-se como a terceira força política.
"Em terceiro estamos e em terceiro vamos ficar", asseverou.
André Ventura, que desde o início da campanha tem insistindo que Rui Rio tem que dialogar com o Chega, frisou que o seu partido não se perde "em alianças, em pedidos de casamento ou namoro".
Num discurso de quase 20 minutos, em que falou das bandeiras do partido que tem repetido nos últimos comícios, como a baixa do IVA da restauração ou a redução de impostos sobre a gasolina, André Ventura ainda criticou a forma como o Governo lidou com a pandemia.
O comício da noite de sábado, no Porto, que terminou já depois das 00:00, foi o maior até agora da campanha do Chega.
Antes dos discursos, houve também tempo para músicas, cantadas por Jay C, músico que tem sido presença habitual nos comícios.
Na Alfândega do Porto, cantou, entre outras, "Amar pelos Dois", de Salvador Sobral, artista que assinou no ano passado uma carta com outros músicos contra a xenofobia e fascismo, e "Toda a Noite", de Toy, músico que apoiou a CDU nas legislativas de 2019.
Antes do jantar, à entrada, enquanto esperavam por entrar no salão onde ia decorrer o comício e se distribuíam bebidas e canapés, os simpatizantes e militantes do Chega amontoavam-se num espaço relativamente curto, sem qualquer distanciamento e com a maioria a não usar máscara.
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