Finanças sãs? Compromisso de Costa assinala "esgotamento da Geringonça"

Vital Moreira saúda o "enfático compromisso" de António Costa sobre a política orçamental, considerando que este marca, também, e de forma implícita o fim da solução governativa apelidada de Geringonça.

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Melissa Lopes
04/11/2021 18:52 ‧ 04/11/2021 por Melissa Lopes

Política

Vital Moreira

O constitucionalista Vital Moreira elogia o "enfático compromisso de António Costa sobre a política orçamental" que, parafraseando a célebre proclamação de Mario Draghi, como governador do BCE, sobre a estabilidade do euro, "deixou claro que o Governo fará 'tudo o necessário para assegurar finanças públicas sãs'". 

Na ótica do ex-eurodeputado socialista, este compromisso é "especialmente relevante" quando o Governo viu rejeitado "o orçamento pela extrema-esquerda parlamentar (PCP e BE), por não terem conseguido valer alterações orçamentais (e outras) que implicavam um substancial aumento da despesa corrente permanente, nomeadamente em pensões". 

Vital Moreira vê também no compromisso das finanças públicas sãs o "esgotamento da fórmula governativa da chamada 'Geringonça'", até porque, no seu entender, Bloco e PCP "jamais poderiam subscrever esse compromisso, que consideram uma imposição 'neoliberal' de Bruxelas contra a 'soberania orçamental' nacional".

De frisar que, esta semana, Pedro Nuno Santos defendeu que o acordo à Esquerda "funcionou" e que "não foi um parêntesis" na história da política portuguesa, declarações que deixaram Jerónimo de Sousa "muito agradecido", apesar de o líder comunista entender que o posicionamento do ministro "não corresponde ao sentimento prevalente" no PS.

O constitucionalista defende, contudo, que as "boas contas" não são o único desafio de um Governo social-democrata "a fim de garantir o avanço do Estado social (saúde, pensões e outras prestações sociais, educação, etc.)". 

"Tão importante quanto isso", prossegue, num texto publicado no blogue Causa Nossa, é o "bom desempenho da economia, em termos de criação de emprego qualificado, de melhores salários, de competitividade externa, de coesão económica interna, de convergência no seio da União Europeia". "Por isso, seria bom que António Costa pudesse também assumir um compromisso de fazer tudo o necessário para assegurar uma economia saudável", sugere, por fim. 

Leia Também: Jerónimo de Sousa "muito agradecido" a Pedro Nuno Santos

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