O Expresso e o Observador avançaram, na quarta-feira, que a Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.
Em comunicado, o VP diz que com esta medida, a Câmara de Lisboa "colocou em risco a vida de três russos que vivem em Portugal", adiantando que "a primeira consequência é o receio de voltarem ao seu país e serem imediatamente detidos no aeroporto".
"Esta é uma situação de uma enorme gravidade e o Volt considera que não pode passar impune. O principal responsável político pelos serviços camarários é Fernando Medina e é esperado do próprio um pedido de desculpas público, assim como que retire consequências políticas imediatas", lê-se na mesma nota.
O presidente do partido, Tiago de Matos Gomes, defende que esta situação é "demasiado grave para não haver consequências políticas".
"Num país europeu sério este caso daria direito a demissão imediata. Espero que Fernando Medina assuma as suas responsabilidades, assumindo o erro, pedindo desculpas e demitindo-se do cargo. Seria um ato de dignidade do atual presidente da Câmara de Lisboa", diz o dirigente do VP, citado na mesma nota.