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Até ao fim do mandato, Costa vai "beber do fel que ele próprio criou"

Manuela Ferreira Leite analisou a questão dos apoios sociais, relativamente à qual foi pedida a fiscalização sucessiva, e a extensão das moratórias por mais seis meses. Para a economista, estamos perante uma "situação de forretice".

Até ao fim do mandato, Costa vai "beber do fel que ele próprio criou"
Notícias ao Minuto

23:38 - 01/04/21 por Notícias ao Minuto

Política Covid-19

Manuela Ferreira Leite analisou, na noite desta quinta-feira, no habitual espaço de comentário na antena da TVI24, a extensão das moratórias por mais seis meses, aprovada na generalidade na Assembleia da República. Para a antiga governante, estamos perante uma "situação de forretice".

"Criticava-se muito a austeridade do anterior Governo e eu agora direi que estamos perante uma questão de forretice em termos de calamidade que não tem nenhum sentido. Há o problema da estabilidade financeira, toda a gente tem essa consciência, mas por isso o PSD diz que apoia as moratórias até ao fim do Estado de Emergência", apontou. 

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou nesta quarta-feira que vai enviar para o Tribunal Constitucional um pedido urgente de fiscalização sucessiva das três leis do Parlamento que aumentam os apoios sociais no âmbito da crise social e económica provocada pela pandemia de covid-19. Sobre o tema, Manuela Ferreira Leite, não sendo constitucionalista, reconhece que tem "dificuldade em fazer uma análise jurídica".  

Já do ponto de vista político, a comentadora defende que "o primeiro-ministro é que sabe se, sendo este um governo minoritário, está na disposição de passar o resto do mandato em discussão com toda a gente". Na posição em que António Costa está, acredita a antiga ministra, "só tem uma coisa a fazer que é dialogar com os partidos". 

No entendimento de Manuela Ferreira Leite, para acomodar a despesa com os apoios sociais, "podia fazer-se um orçamento retificativo, levava-se à Assembleia, era uma tarde e estava o assunto arrumado. É evidente que com o orçamento retificativo até se podia fazer alguns arranjos em termos de não alterar a despesa global. Não é possível governar-se em minoria sem dialogar com nenhum partido e estando verdadeiramente contra a opinião do Presidente da República".

A economista pressagia ainda um futuro difícil para António Costa no leme da governação. "O primeiro-ministro neste momento, e provavelmente até ao fim do seu mandato, vai estar a beber do fel que ele próprio criou. E o fel que ele próprio criou foi pôr-se no início nas mãos do Parido Comunista e do Bloco de Esquerda. De repente, zangaram-se todos e ele acha que continua a governar mesmo sem o apoio desses", apontou, recordando que Costa "pôs o PSD de lado mesmo sabendo que não tinha nada de seguro do lado esquerdo".

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