Moçambique. CDS quer ouvir MNE e ministro da Defesa na AR

O CDS-PP requereu hoje a audição no parlamento dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, a propósito dos ataques que ocorreram na província de Cabo Delgado, em Moçambique.

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Lusa
30/03/2021 19:52 ‧ 30/03/2021 por Lusa

Política

Moçambique

 

De acordo com dois requerimentos endereçados aos presidentes das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e de Defesa Nacional, os centristas pedem a audição de Santos Silva e de Gomes Cravinho, respetivamente.

O CDS recordou que os sucessivos ataques que ocorreram na província moçambicana de Cabo Delgado, "por parte do grupo o Al-Shabab" - que tem filiação ao 'braço' em África do autodenominado Estado Islâmico do Iraque e da Síria - já causaram "milhares de mortes e mais de 700.000 deslocados".

"Nos últimos dias a situação agravou-se de forma substancial, evoluindo para um verdadeiro clima de guerra civil, com todas as consequências daí decorrentes", prosseguem os requerimentos, que deram entrada hoje na Assembleia da República, lembrando, que "recentemente o Governo anunciou o envio de 60 militares portugueses para formar congéneres moçambicanos".

O CDS-PP considerou que o parlamento "não se pode alhear deste grave problema humanitário".

Por isso, requereu a presença dos titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional na Assembleia da República.

Em 24 de março, dezenas de civis foram mortos, em Palma, de acordo com o Ministério da Defesa moçambicano.

O recinto onde estão a ser erguidas as infraestruturas do projeto de gás dista cerca de 25 quilómetros da vila de Palma e não foi atingido pelos ataques e confrontos que se seguiram entre os grupos armados e as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.

Leia Também: Portugal não deve pressionar Governo moçambicano, mas sim apoiá-lo

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