"Parece que a TAP vai continuar a massacrar anos e anos os portugueses"
O presidente do PSD escusou-se hoje a comentar a situação na Groundforce, mas disse estar preocupado com a TAP, cujo plano de reconversão "parece" não ir resolver os problemas da companhia aérea.
© Global Imagens
Política TAP
"Não vou tecer nenhuma consideração exatamente sobre a Groundforce, estou preocupado de um modo geral com a situação da aeronáutica, em particular com a situação da TAP. Essa é que me preocupa, porque é a TAP, e não Groundforce, que vai determinar, na minha opinião e infelizmente, no futuro, muitos impostos dos portugueses a serem canalizados para a TAP", afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião com o Movimento a Pão e Água, no Porto.
O presidente social-democrata considera que o desenho do plano de reconversão da companhia aérea de bandeira nacional não vai resolver os problemas da TAP, que vai continuar a penalizar os portugueses.
"Pelo desenho que eu tenho vindo a ver na comunicação social parece que não vai resolver problema nenhum da TAP e que a TAP vai continuar a massacrar anos e anos e anos os portugueses com impostos e impostos para pagar muito ineficiência e para pagar salários que estão muito, muito, muito acima daquilo que é o salário normal em Portugal para funções de responsabilidade análoga ou equivalente", disse.
Questionado pelos jornalistas, qual seria, no seu entender, a solução mais sensata para a situação da Groundforce, que tem os salários de fevereiro por pagar, Rio voltou a escusar-se a responder, salientando não ter na sua posse dados que o permitam fazer.
O BE requereu hoje as audições urgentes do ministro das Infraestruturas e Habitação, do Conselho de Administração e das organizações representativas dos trabalhadores da Groundforce sobre a situação da empresa.
No requerimento, bloquistas referem que este atraso nos salários afeta 2400 trabalhadores e as suas famílias, deixando estes funcionários numa "situação dramática" para a qual é urgente encontrar uma solução.
Na quinta-feira ao final da tarde, o presidente da Groundforce, Alfredo Casimiro, considerou hoje que a resposta que recebeu do Governo à sua proposta para viabilizar a empresa é "insultuosa", constituindo uma "chantagem e um ultimato inaceitável".
Depois deste comunicado, Pedro Nuno Santos marcou uma conferência de imprensa logo para a noite de quinta-feira, na qual avisou que a TAP tem feito "um grande esforço para apoiar a Groundforce", mas chegou um momento em que "a TAP não pode continuar a fazer adiantamentos sem ter garantias".
O ministro das Infraestruturas e da Habitação garantiu ainda que "o Governo não tem qualquer intenção de nacionalizar a Groundforce", dizendo acreditar que "o acionista privado vai compreender" que tem de dar garantias à TAP para receber os adiantamentos pedidos.
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