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Parlamento vai discutir voto de pesar pela morte de embaixador italiano

A comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pelo assassinato do embaixador de Itália na República Democrática do Congo (RDCongo), que vai agora ser discutido em plenário, segundo fontes parlamentares.

Parlamento vai discutir voto de pesar pela morte de embaixador italiano
Notícias ao Minuto

18:44 - 04/03/21 por Lusa

Política Parlamento

"A Assembleia da República manifesta o seu mais profundo pesar por tão vil e funesta ocorrência, prestando sincerascondolências e solidariedade à família das vítimas, às autoridades italianas e às Nações Unidas", lê-se no voto de pesar, que foi proposto pela comissão parlamentar e que subirá agora a sessão plenária, disseram à Lusa os deputados Paulo Pisco, do PS, e Nuno Carvalho, do PSD.

Segundo Paulo Pisco, o assunto deve ir já à próxima sessão plenária.

O embaixador italiano em Kinshasa, foi morto a tiro, a 22 de fevereiro, bem como dois acompanhantes, num ataque armado a um comboio do Programa Alimentar Mundial (PAM), durante uma visita perto de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDCongo).

O Ministério do Interior congolês acusou os rebeldes hutus ruandeses de estarem por detrás do ataque, algo que estes negaram.

O Governo congolês lamentou "esta tragédia" e assegurou que "nenhum esforço será poupado para restaurar a segurança" nesta região "alvo de grupos armados nacionais e estrangeiros" apoiados por beneficiários "da exploração ilegal dos recursos naturais".

Pela sua parte, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à RD Congo para "investigar diligentemente" o ataque.

Também o Governo português condenou veementemente o ataque, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que o qualificou como "um ataque cobarde".

O nordeste da RDCongo está mergulhado há anos num longo conflito alimentado por dezenas de grupos rebeldes armados, nacionais e estrangeiros, apesar da presença do exército congolês e das forças de MONUSCO, que destacaram mais de 15.000 soldados para o país.

Quanto ao voto de pesar pelas mortes que ocorreram na manifestação na vila de Cafunfo, na província de Lunda-Norte, em Angola, proposto pelo CDS-PP, que também estava agendadado para votação hoje na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, voltou a ser adiado, pela segunda vez, desta feita por ausência de deputados do CDS na reunião.

Neste caso, está em causa um confronto entre a polícia e manifestantes, por uma alegada tentativa de invasão de uma esquadra policial, que as autoridades angolanas classificaram como rebelião armada, que culminou com seis mortos, cinco feridos e 16 detidos, segundo dados oficiais, que são contrariados pelo Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), promotores da manifestação, que falam em pelo menos 25 mortes.

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