PAN/Açores com "mais esperança" no futuro da SATA
O líder do PAN/Açores e único deputado com assento no parlamento regional, Pedro Neves, disse hoje que, após conhecer o plano de reestruturação da SATA, tem "mais esperança" no futuro da operadora aérea.
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Política Aviação
Na sequência da apresentação do documento, na quinta-feira, pelo presidente do Conselho de Administração da SATA, Pedro Neves declarou que o PAN/Açores "tinha bastantes preocupações", mas "depois de ouvir o plano de reestruturação da SATA de 2021 a 2025, obviamente que há mais esperança".
Para Pedro Neves, o futuro da SATA através da continuidade territorial com o continente europeu, Estados Unidos e Canadá, onde se encontra a diáspora açoriana, "vai dar algum alento", tendo manifestado satisfação em relação ao futuro dos trabalhadores, uma vez que não se vão concretizar os cortes salariais de 20 a 25% que alguns apontavam, o que "seria bastante drástico".
O dirigente do PAN frisou que a reestruturação da SATA "será bem maior em termos do fluxo operacional e não através da redução dos salários que seja drástica para os trabalhadores".
O plano de reestruturação da transportadora açoriana SATA prevê o regresso aos lucros em 2023, com o presidente da administração da empresa a mostrar confiança que, a partir desse ano, a operação seja "sustentável".
"Se conseguirmos concretizar tudo como temos planeado, por um lado, e se não houver um agravamento das condições pandémicas ou outras coisas quaisquer que possam vir a surgir, as iniciativas confluem para que 2023 seja, de facto, um ano de inversão e a operação se torne sustentável a partir daí", declarou quinta-feira Luís Rodrigues.
No plano, é estimada para este ano uma perda de 28 milhões de euros, em 2022 o resultado deverá andar perto do zero e, em 2023, já são admitidos lucros na casa dos 23 milhões de euros.
O plano de reestruturação da transportadora prevê, até 2025, poupanças totais de 68 milhões de euros.
Luís Rodrigues adiantou os "quatro pilares" que levarão às referidas poupanças: a reestruturação da frota, a eficiência operacional, a negociação com fornecedores e a agilização do trabalho.
Na agilização do trabalho, Luís Rodrigues incorporou campos como a redução salarial, que será, no seguimento de negociações com sindicatos, de 10%, ou a "rescisão negociada de trabalhadores".
O corte de 10% será aplicado aos vencimentos acima dos 1.200 euros brutos mensais, foi ainda revelado.
Já no que se refere à saída dos trabalhadores, o gestor declarou que saíram já, em regime de reformas antecipadas ou pré-reformas, um total de 48 quadros, sendo esperadas mais 100 saídas até 2023.
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