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Recandidatura presidencial? Apoio do PSD "já foi comunicado" a Marcelo

O presidente do Conselho Nacional do PSD confirmou hoje que o apoio do partido a uma recandidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa já lhe foi comunicada, justificando o 'timing' da decisão por ser "a melhor oportunidade política".

Recandidatura presidencial? Apoio do PSD "já foi comunicado" a Marcelo
Notícias ao Minuto

04:11 - 26/09/20 por Lusa

Política Presidenciais

No final do Conselho Nacional que se realizou em Olhão, Paulo Mota Pinto considerou a aprovação de uma moção de apoio à recandidatura do atual chefe de Estado - que ainda não a anunciou - "o ponto mais relevante" da reunião que se estendeu por cerca de cinco horas, até às 03h00.

"Foi aprovada sem votos contra [61 a favor e nove abstenções] e apoiada também nas intervenções, até pelo 'timing' e pelo momento", referiu.

Questionado se este apoio já foi transmitido a Marcelo Rebelo de Sousa - que hoje também teve agenda no Algarve, a escassos 20 quilómetros do local onde decorreu o Conselho Nacional -, o dirigente do PSD confirmou que "já foi comunicado" e o chefe de Estado "não soube pela comunicação social" do apoio do partido que já liderou.

Sobre o momento desta decisão, quando o Presidente da República tem remetido para novembro o anúncio de uma eventual recandidatura, Paulo Mota Pinto justificou-o, por um lado, por se terem apresentado nas últimas semanas três candidatos: Ana Gomes, Marisa Matias e João Ferreira.

"Por um lado, já há um leque de candidatos no terreno. Por outro lado, estas decisões são tomadas pelo Conselho Nacional, e este era o momento de melhor oportunidade política: o professor Marcelo Rebelo de Sousa não revelou ainda se assume a sua recandidatura, mas o partido apoia a sua candidatura esperando que ela se venha a realizar", disse.

Há cinco anos, a fórmula utilizada pelo PSD (tal como pelo CDS-PP) para apoiar a primeira candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa foi através de uma "recomendação de voto" no antigo presidente social-democrata.

O Conselho Nacional do PSD aprovou também uma proposta para mandatar a Comissão Política Nacional para celebrar "acordos quadros nacionais de coligação" e ratificar coligações locais para as autárquicas, se a pandemia de covid-19 impedir nova reunião presencial até final do ano, o que Mota Pinto classificou como de "decisão prudente".

Na reunião de Olhão, Pedro Rodrigues voltou a assumir as críticas à direção de Rui Rio e reiterou que o partido tem de liderar no parlamento o debate sobre a reforma eleitoral e assumir "de forma inequívoca uma posição firme de apoio ao referendo à eutanásia".

O deputado e antigo líder da JSD apontou ainda ao partido "dificuldades em construir uma alternativa política" ao PS, e defendeu que todos se devem empenhar no combate autárquico sem "calculismos ou taticismos políticos".

Tal como tinha anunciado, o líder da JSD, Alexandre Poço, transmitiu aos conselheiros nacionais o apelo que lançou aos presidentes do PSD, CDS-PP e IL para um acordo de âmbito nacional do centro-direita nas autárquicas e manifestou ao presidente do partido disponibilidade para o ajudar a construir "uma alternativa ao PS", com lealdade, mas com uma voz própria da 'jota'.

O tema das CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) também 'animou' a reunião: no início, Rio criticou o autarca de Famalicão, Paulo Cunha, por ter afirmado que não aceitaria o nome de António Cunha para a estrutura do Norte e depois ter sido "o primeiro a declarar-lhe apoio".

A fechar a longa reunião - à qual faltaram muitos rostos habituais, até entre os deputados -, o líder da distrital de Lisboa, Ângelo Pereira, pediu a Rio que calasse as "imbecis fontes da direção" que o criticaram no semanário Expresso sobre o processo da CCDR de Lisboa, com o presidente do PSD a dizer não saber quem são as fontes, mas a concordar com a designação de "imbecis", provocando risos na sala.

A reunião serviu ainda para o presidente do Conselho Estratégico Nacional, Joaquim Sarmento, apresentar as linhas gerais do programa de recuperação que o partido tornará públicas numa data a definir, mas que Rio garante que estará pronto em 30 de setembro.

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