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"Direcção do PS seria outra coisa se tivéssemos Costa"

A antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirma hoje em entrevista ao jornal Público que o PS seria “outra coisa” com o autarca de Lisboa, António Costa, na direcção do partido. A ex-governante contesta, por exemplo, a “ausência” do actual PS de Seguro “em momentos absolutamente críticos e decisivos”.

"Direcção do PS seria outra coisa se tivéssemos Costa"
Notícias ao Minuto

09:10 - 15/12/13 por Notícias Ao Minuto

Política Maria de Lurdes Rodrigues

Em entrevista ao jornal Público, a antiga ministra da Educação do Governo de Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, afirma que, e apesar de não gostar “de funalizar”, o que vê “é uma ausência de PS em momentos absolutamente críticos e decisivos, uma ausência da direcção do PS que, por qualquer razão, se abstém e se remete ao silêncio, nunca explicando aos portugueses o que pensa sobre os problemas”.

“Vejo isso com uma dificuldade para que o PS se possa apresentar como alternativa”, reforça a ex-governante, sustentando que “é sintomático (…) não haver nada para dizer. O ministro não ter nada para dizer, o líder da oposição não ter nada para dizer”, quando “todas as famílias estão interessadas em ouvir alguma coisa”.

Maria de Lurdes Rodrigues considera que “há uma ausência de direcção do PS na resposta aos problemas que as pessoas sentem”, sublinhando que “a dificuldade é não se perceber o que é que vai de facto ser diferente se o PS ganhar as próximas eleições, como eu espero que ganhe”.

Neste sentido, e por entender que “as lideranças podem fazer a diferença”, a antiga ministra de Sócrates afirma que “a direcção do PS seria outra coisa se, em lugar de António José Seguro, tivéssemos António Costa”.

“Estas coisas não têm nada de pessoal. Tenho estima e consideração por ambos”, porém, justifica, “de facto, António Costa revela uma capacidade de liderança, de concretização, de afirmação explícita do que pensa sobre várias matérias (…) e transmite-a de forma clara”.

Maria de Lurdes Rodrigues conclui, deste modo, que “essa firmeza” de Costa “beneficiaria o PS na afirmação de uma alternativa ao actual Governo”.

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