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PSD/Madeira acusa PS de enganar madeirenses na discussão na especialidade

O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira Carlos Rodrigues acusou hoje o PS de "enganar" os madeirenses na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

PSD/Madeira acusa PS de enganar madeirenses na discussão na especialidade
Notícias ao Minuto

14:28 - 05/02/20 por Lusa

Política Madeira

Intervindo no Período Antes da Ordem do Dia (PAOD), Carlos Rodrigues caracterizou a postura do PS/Madeira durante a discussão na especialidade do OE2020 de "medo, resignação, submissão e engano", elencando como "enganosas" algumas posições dos três deputados do PS/M na Assembleia da República.

O parlamentar social-democrata acusou os três deputados do PS/M de "enganar e mentir descaradamente" aos madeirenses "votando contra a proposta que garantia a implementação das alterações ao subsídio social de mobilidade já este ano".

"Temos de agradecer ao PS, o facto de continuarmos a ser obrigados a adiantar à TAP valores pornográficos, especulativos e inaceitáveis. Graças ao PS, tudo se mantém na mesma", ao contrário do que ficou aprovado por unanimidade na última legislatura, de que os residentes passariam a pagar apenas 86 e 65 euros (estudantes), cabendo ao Estado negociar com as transportadoras as indemnizações compensatórias.

Acusou ainda aqueles deputados de "enganar" os madeirenses "votando contra a redução dos juros [do empréstimo contraído junto do Estado em 2012 no valor de 1.500 milhões de euros ao abrigo do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro]".

"O PS, ao chumbar a proposta de diminuição da taxa de juro [defendida também, em várias visitas à Madeira, por António Costa na qualidade, quer de secretário-geral do PS, quer na de primeiro-ministro], permite que a Madeira continue a ser explorada pela ganância e sofreguidão gutural do Estado português", observou.

"Enganou os madeirenses chumbando a viabilização da linha ferry, empurrando qualquer decisão para uma data futura que ninguém sabe qual é", quando, acrescentou, "na campanha prometeram que seria este ano, a partir de janeiro, e todas as semanas que os madeirenses teriam um barco a ligar a Madeira e Lisboa".

Carlos Rodrigues denunciou ainda que os deputados "no Orçamento, limitam-se a fugir para as costas de um tal grupo de trabalho que mais não é do que uma manobra primitiva de ludibriar quem espera pelo cumprimento da promessa".

Para Carlos Rodrigues, a atitude dos três deputados visa "defender o Estado contra a Madeira, defender o governo da República contra a Madeira", traindo "aqueles que os elegeram só para ficarem bem junto dos seus senhores e mestres [direção nacional do PS]".

"O que os madeirenses esperavam era que os deputados eleitos por eles, independentemente do partido, tudo fizessem para os defender", salientou, considerando "incompreensível" que o PS defenda na Madeira a "aplicação já do subsídio de mobilidade, a linha ferry e a redução dos juros, para, depois, na Assembleia da República, chumbar".

"O que todos gostaríamos de ter visto era os seis deputados eleitos pela Madeira [três do PS e três do PSD]votarem favoravelmente tudo o que significa a defesa dos nossos direitos, melhores condições e não a dissidência interesseira em nome de uma disciplina partidária , castradora e intolerável", concluiu.

O PSD/M apresentou 50 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020.

A estas críticas, o líder parlamentar do PS, Miguel Iglésias, respondeu: "estamos fartos desta lenga lenga de há décadas do PSD", recordando que, aquando da discussão do Orçamento Regional para 2020, os partidos da coligação na região (PSD e CDS) chumbaram cerca de 200 propostas de alteração ao seu Orçamento.

A Assembleia Legislativa da Madeira debateu, na generalidade, os projetos de resolução do PS "Educação 'especial'- Escola Inclusiva - Educação Inclusiva", do PCP "Redução do horário de trabalho para 35 horas semanais para o setor empresarial com capitais públicos na Madeira" e do JPP que cria "O Parque Arqueológico Subaquático - Slot Ter Hooge, do Porto Santo".

A denominação deste parque remete para o naufrágio, ocorrido em 19 de novembro de 1724, do galeão holandês da Companhia Holandesa das Índias Orientais nas águas nortenhas da ilha.

A Assembleia votou ainda várias propostas de decreto legislativo regional Governo Regional, resoluções e votos congratulação e de protesto apresentadas pelos partidos.

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