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Montenegro oficializa candidatura com promessa de ganhar legislativas

Luís Montenegro apresentou este domingo, em Lisboa, a candidatura à presidência do PSD. O ex-líder parlamentar dos sociais-democratas contou com o apoio de dezenas de militantes e com várias figuras relevantes do partido.

Montenegro oficializa candidatura com promessa de ganhar legislativas
Notícias ao Minuto

18:30 - 10/11/19 por Mafalda Tello Silva

Política PSD

Luís Montenegro oficializou a candidatura à presidência do PSD, altualmente liderada por Rui Rio, durante a tarde deste domingo, numa sala decorada com luzes laranja, num espaço junto ao Tejo, em Lisboa. Num discurso ambicioso de cerca de 40 minutos, Montenegro prometeu que, se ganhar eleições diretas de janeiro, irá chegar a primeiro-ministro vencendo as duas próximas eleições legislativas. 

“Estou aqui determinado em dar mais 12 anos da minha vida. Liderar as oposição nos próximos quatro anos e liderar o Governo outros oito anos. Não estou aqui para ganhar a sondagens e as expectativas. Nem estou aqui para ficar à espera que o país se vire para o PSD", afirmou o ex-líder parlamentar social-democrata.

Para além das legislativas, o social-democrata também vincou como sua prioridade a recuperação das autarquias perdidas em 2017, incluindo a reconquista da Câmara Municipal de Lisboa, prometendo assim ganhar a maioria dos municípios nas eleições de 2021.  

Baixar impostos e chumbos de Orçamentos

Entre críticas a Rui Rio e ao Governo, o candidato apresentou ainda, sem demoras, uma primeira proposta: baixar os impostos, IRSIRC e IVA.  O social-democrata revelou que uma das suas prioridades será no âmbito da política fiscal e propôs uma baixa de impostos para "impulsionar o crescimento da economia, desafogar a classe média, aumentar os rendimentos das famílias, contribuir para melhorar salários e pensões".

Afastando-se da estratégia de Rio, Montenegro sublinhou também que não fará acordos que têm como objetivo “simular a moderação e o recentramento do PS” e que não aprovará Orçamentos do Governo socialista, porque  “já se percebeu muito bem” que continua ligados aos partidos da geringonça, PCP e BE. 

"Ser a alternativa ou oposição não é nem pode ser sinónimo de cultura de ódio"

Sobre a sua visão para o PSD, Montenegro disse que queria que o partido fosse um "espaço da moderação". "Ser a alternativa ou oposição não é nem pode ser sinónimo de cultura de ódio. Dentro de um partido como dentro de um país, o sectarismo, o extremismo e o populismo têm de ser combatidos e erradicados. Divergir não é odiar. Quero o PSD firme e diferenciado, mas tolerante e democrático”, sublinhou.

"Vamos devolver o 'D' ao PSD porque não somos outro PS. O país já tem PS a mais e o Estado já tem PS a mais. O país empobrece por ter PS a mais e PSD a menos", concluiu o social-democrata apoiado por dezenas de militantes e várias figuras de peso do partido, tais como Carlos Abreu Amorim, Maria Luís Albuquerque, Hugo Soares e Teresa Morais.

Até ao momento, há três candidatos à presidência do PSD: o atual presidente, Rui Rio, o ex-líder parlamentar, Luís Montenegro, e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz. É de recordar que o Conselho Nacional do PSD aprovou ontem a marcação de eleições diretas para 11 de janeiro e congresso entre 7 e 9 de fevereiro, com a Mesa a recusar apreciar uma proposta para abrir a votação a todos os militantes.

Leia Também: Quotas. Concelhia critica "via verde" para militantes alinhados com Rio

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