"Debate no Parlamento salientou personagens dos partidos com um deputado"
Joaquim Jorge comenta o debate do Programa do Governo que ocorreu na semana passada no Parlamento.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
Joaquim Jorge, fundador do extinto Clube dos Pensadores, comenta, num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, o debate do Programa do Governo que teve lugar na semana passada no Parlamento.
O biólogo refere que este "salientou as personagens dos partidos com um deputado", sendo que "a imprensa abafou o mais importante que são as medidas que este Governo PS vai tomar para a maioria dos portugueses." Já o PAN, deixou de estar "na primeira linha", sendo que, mesmo com mais e novos deputados "passou para segundo plano".
O assessor de Joacine Katar Moreira, deputada do LIVRE, - e a mediatização da roupa com a qual se apresentou no primeiro dia de trabalhos na Assembleia - também mereceu comentário a Joaquim Jorge: "Eu quero lá saber que Joacine, deputada do Livre, leve um assessor de saias. Parece que foi a primeira vez que se viu um homem de saias?! Os escoceses usam saias há tanto tempo." Para o também fundador do Matosinhos Independente, este episódio "mostra o nosso provincianismo e sensacionalismo por uma mão cheia de nada."
O que nos devia "preocupar muito mais", continua, é a "gaguez de Joacine que pode dificultar a percepção das suas ideias, sem um raciocínio lógico quebrado pelas suas constantes pausas."
Continuando nos 'novos partidos', Joaquim Jorge escreve sobre o Iniciativa Liberal e o Chega. Sobre o primeiro, considera que "como não elegeu o seu líder Carlos Guimarães Pinto [que entretanto anunciou o abandono do cargo], mas João Cotrim de Figueiredo, vai eleger outro líder que pode muito bem ser o deputado." Sobre o partido de André Ventura, diz que "começou logo a ser mimado pela mini-bancada do CDS à entrada com a forma como teve acesso ao seu lugar com um 'chega para lá'".
Já sobre o debate do Programa propriamente dito, Jorge diz que o importante "são as suas medidas: como se vão processar os aumentos salariais, como vão melhorar os serviços de saúde, como se vai resolver os problemas nas escolas, como se pode melhorar o acesso à habitação, como se pode melhorar a economia, e por fim, se estamos preparados para uma possível crise que começa a dar sinais nos países europeus com a desaceleração da economia."
Para o comentador, "a Geringonça pôs a Europa e o Mundo a olhar para nós e durante estes 4 anos demos lições como se construiu este acordo parlamentar", mas, por outro lado, "também demos lições de mendacidade, de corrupção, de tonterias, de pieguices, de snobismo e de cinismo. A nossa classe dirigente enferma destes defeitos."
Concluindo, considera que "votar nem sempre resolve os problemas. O PS nestas eleições teve muitos mais votos do que nas últimas eleições e pode não governar os 4 anos."
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