"Se partidos fossem coerentes com aquilo que dizem, moção seria aprovada"
Líder do CDS defende um cenário de eleições antecipadas no país por considerar que o Governo já deixou de governar para passar apenas a "gerir o ciclo eleitoral". Moção de censura centrista é discutida e votada esta quarta-feira.
© Global Imagens
Política Assunção Cristas
Assunção Cristas afirmou esta terça-feira, véspera da discussão da moção de censura apresentada pelo CDS, que “se todos os partidos fossem coerentes com aquilo que dizem na rua e no Parlamento”, então a iniciativa centrista ganharia forma na votação no Parlamento.
Em declarações aos jornalistas, a líder do CDS disse que “gostava mesmo” que as eleições legislativas fossem antecipadas (caso o Governo fosse derrubado como pretendia com a moção).
“Por nós, este Governo está a fazer mal ao país, já não está a governar, está a empatar tempo. Ora, se está a empatar, mais vale rapidamente iniciarmos um novo ciclo para que o próximo Governo possa efetivamente começar a governar”, justificou Cristas, que acusou os restantes partidos - BE e PCP – de incoerência.
“Se todos os partidos fossem coerentes com aquilo que dizem na rua e no Parlamento, então a moção de censura seria aprovada”, atirou, frisando que, do lado do CDS, “a posição tem sido sempre a mesma e é muito clara” - “entendemos que este Governo não está a fazer bem ao país e já esgotou o seu tempo porque simplesmente já não governa, só gere o ciclo eleitoral”, reforçou.
Esta é a segunda vez que o CDS apresenta uma moção de censura ao Governo de Costa. A primeira, em 2017, justificava-se pelos incêndios que ceifaram dezenas de pessoas. Esta moção tem um âmbito mais alargado. O CDS justifica-a com a degradação dos serviços públicos e por considerar que este Governo está “esgotado”.
Tanto o Bloco de Esquerda, como o PCP e os Verdes já confirmaram que vão votar contra. Esta segunda-feira o PSD revelou que vai votar a favor. O chumbo é, assim, o desfecho previsível para esta moção.
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