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Parlamento Europeu deu "um sinal claro" ao reconhecer Guaidó

O eurodeputado Francisco Assis (PS) considerou hoje que o Parlamento Europeu enviou "um sinal claro" com o reconhecimento de Juan Guaidó como o "Presidente interino legítimo" da Venezuela e mostrou-se convicto de que Bruxelas seguirá um caminho "idêntico".

Parlamento Europeu deu "um sinal claro" ao reconhecer Guaidó
Notícias ao Minuto

12:59 - 31/01/19 por Lusa

Política Francisco Assis

um sinal claro. Entendemos que o regime de Nicolás Maduro está completamente esgotado e já não consegue responder às necessidades dos venezuelanos e, sobretudo, carece de legitimidade", vincou o eurodeputado socialista, que em junho liderou uma missão do Parlamento Europeu (PE) junto dos refugiados venezuelanos instalados na fronteira com o Brasil.

Em declarações à Agência Lusa, após a assembleia europeia ter aprovado hoje uma resolução na qual reconhece Juan Guaidó como o "Presidente interino legítimo" da Venezuela, Francisco Assis estima que agora deve iniciar-se "um processo novo com a presidência interina, que assegure, com o apoio da comunidade internacional e com a participação, inclusive, da União Europeia, a realização de eleições livres".

Para o presidente da delegação do PE para as relações com o Mercosul, é "óbvio" que Nicolás Maduro não vai responder ao ultimato europeu para convocar eleições, portanto, "inevitavelmente", a evolução da posição da UE noutras instâncias será no sentido "idêntico" ao que hoje foi manifestado pelo PE.

Caso as instâncias europeias sigam o exemplo do PE, Assis prevê que o isolamento internacional de Maduro aumente, assim como a pressão internacional para que o presidente venezuelano compreenda que "está na hora de se afastar do exercício de um poder ilegítimo".

"A partir do momento em que há o reconhecimento de outro Presidente isso terá consequências a outros níveis, nomeadamente na atividade diplomática dos vários países da UE e da própria UE", completou.

O eurodeputado socialista acredita que, "mais cedo ou mais tarde", Maduro vai afastar-se do poder.

"O grau de isolamento interno e internacional é enorme, e julgo que a aplicação de determinadas medidas de ordem económica, nomeadamente pelos Estados Unidos, vai tornar a sobrevivência do regime praticamente impossível. A situação que já era absolutamente dramática tenderá a tornar-se ainda mais nos próximos dias e próximas semanas. Creio que não haverá outra solução para Maduro do que perceber que o seu tempo chegou ao fim", concluiu.

O Parlamento Europeu reconheceu hoje Juan Guaidó como o "Presidente interino legítimo" da Venezuela e exortou a UE e os seus Estados-membros a assumirem uma posição semelhante, enquanto não for possível convocar eleições presidenciais.

Numa resolução aprovada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções, a assembleia europeia, reunida em Bruxelas, solicita também à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e aos Estados-Membros que "adotem uma posição firme e comum e reconheçam Juan Guaidó como único Presidente interino legítimo do país até que seja possível convocar novas eleições presidenciais livres, transparentes e credíveis tendo em vista restabelecer a democracia".

A UE fez um ultimato a Maduro para convocar eleições nos próximos dias, prazo que Espanha, Portugal, França, Alemanha e Reino Unido indicaram ser de oito dias (a contar desde sábado passado), findo o qual os 28 reconhecem a autoridade de Juan Guaidó e da Assembleia Nacional para liderar o processo eleitoral.

A crise política na Venezuela agravou-se há uma semana, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, maioritariamente da oposição, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos da América.

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