Não há incompatibilidade, mas se houver ministro declarar-se-á "impedido"

O novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, é casado com Cristina Siza Vieira, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal. Não estaria a ser levantado tanta celeuma não fosse o facto de a pasta da Economia tutelar o setor do turismo.

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Patrícia Martins Carvalho
19/10/2018 13:20 ‧ 19/10/2018 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Governo

Muito se tem falado sobre o casamento do novo ministro da Economia. Muitas vozes se têm levantado a indicar uma alegada incompatibilidade que poderá comprometer o trabalho do governante, uma vez que dirige a pasta que tutela o turismo.

Questionado esta sexta-feira sobre essas acusações de incompatibilidades, o ministro refutou todas as insinuações e foi perentório: “Não descortino incompatibilidade na circunstância de ser casado com uma pessoa que exerce uma determinada atividade há mais de 25 anos com reconhecimento público e profissional (...) e que tem uma carreira da qual me orgulho muito”.

Siza Vieira teceu largados elogios à esposa quem, nas suas palavras, “nunca precisou de nenhum tipo de favor ou apoio para ter a carreira que tem” e, por isso, agora não será diferente.

O ministro garantiu não haver qualquer incompatibilidade e deixou uma garantia: “Se porventura alguma vez uma questão tivesse que se colocar dentro da área da ação governativa que agora me cumpre acompanhar e que dissesse respeito à associação em que a minha mulher trabalha, então, eu naturalmente declarar-me-ia impedido de atuar”.

De resto, Siza Vieira lembrou que um ministro da Saúde não é proibido de ser casado com uma médica e que “vários membros do governo eram, eles próprios, originários desta área e isso nunca influenciou a sua capacidade de definirem as linhas de política de atuação para o setor”.

Para terminar, o ministro ironizou a situação: "É curioso que ao fim de 30 anos tenham descoberto que eu sou incompatível com a minha mulher".

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