Muito se tem falado sobre o casamento do novo ministro da Economia. Muitas vozes se têm levantado a indicar uma alegada incompatibilidade que poderá comprometer o trabalho do governante, uma vez que dirige a pasta que tutela o turismo.
Questionado esta sexta-feira sobre essas acusações de incompatibilidades, o ministro refutou todas as insinuações e foi perentório: “Não descortino incompatibilidade na circunstância de ser casado com uma pessoa que exerce uma determinada atividade há mais de 25 anos com reconhecimento público e profissional (...) e que tem uma carreira da qual me orgulho muito”.
Siza Vieira teceu largados elogios à esposa quem, nas suas palavras, “nunca precisou de nenhum tipo de favor ou apoio para ter a carreira que tem” e, por isso, agora não será diferente.
O ministro garantiu não haver qualquer incompatibilidade e deixou uma garantia: “Se porventura alguma vez uma questão tivesse que se colocar dentro da área da ação governativa que agora me cumpre acompanhar e que dissesse respeito à associação em que a minha mulher trabalha, então, eu naturalmente declarar-me-ia impedido de atuar”.
De resto, Siza Vieira lembrou que um ministro da Saúde não é proibido de ser casado com uma médica e que “vários membros do governo eram, eles próprios, originários desta área e isso nunca influenciou a sua capacidade de definirem as linhas de política de atuação para o setor”.
Para terminar, o ministro ironizou a situação: "É curioso que ao fim de 30 anos tenham descoberto que eu sou incompatível com a minha mulher".