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PSD apoia inquérito parlamentar do CDS ao caso de Tancos

O PSD vai apoiar o pedido de inquérito parlamentar ao caso de Tancos, proposto pelo CDS, para que se percebam as responsabilidades "do Estado" nestes "acontecimento graves" do furto de armamento, em 2017.

PSD apoia inquérito parlamentar do CDS ao caso de Tancos
Notícias ao Minuto

11:15 - 03/10/18 por Lusa

Política Fernando Negrão

Em declarações à Lusa, o líder parlamentar social-democrata, Fernando Negrão afirmou que, "além das responsabilidades de natureza judicial e criminal", que estão a ser investigadas, "existem também responsabilidade por parte do Estado e dos órgãos do Estado".

"E nós precisamos de saber por que razão estas coisas aconteceram, por que razão acontecimentos graves que envolvem o exército, forças de segurança aconteceram em Portugal", afirmou.

Para Negrão, o parlamento poderá ficar a saber o que aconteceu através de atividade da comissão parlamentar de inquérito, que dá poderes que as comissões permanentes não dão, e das audições a efetuar.

Legalmente, uma comissão de inquérito tem "poderes de investigação das autoridades judiciais que a estas não estejam constitucionalmente reservados".

O texto da proposta do CDS, acrescentou Fernando Negrão, "deixa margem grande" de se "poder alargar um conjunto de questões aos setores que tiveram intervenção" neste caso.

O PS, partido do Governo, não se opõe à comissão, e, à esquerda, o PCP tem a mesma posição, embora preferisse esperar pela conclusão do inquérito judicial em curso, enquanto o Bloco de Esquerda já disse tratar-se de um caso de "oportunismo político" e que também preferia agir após o fim do inquérito.

O CDS-PP entrega hoje, na Assembleia da República, a proposta de comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos para apurar responsabilidades políticas do Governo, quem falhou e por que falharam as medidas de segurança.

No texto, a que a Lusa teve acesso, os centristas delimitam a investigação ao período de junho de 2017, quando foi conhecido o furto do armamento, até ao momento de hoje, com o "objetivo de identificar e avaliar os factos, os atos e as omissões" do Governo em todo o processo.

No projeto de resolução, o CDS acusa o Governo de, "numa primeira fase, desvalorizar o sucedido", depois alegar "desconhecimento e tentar "precipitadamente encerrar o problema, sem retirar as devidas consequências".

Desde julho, os centristas já defenderam a demissão quer do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e do Chefe de Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, de quem dependem os paióis militares.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições, tendo sido anunciada a sua recuperação em outubro, na Chamusca, distrito de Santarém.

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