O primeiro a chegar ao restaurante do centro histórico de Sintra foi Diogo Freitas do Amaral, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo socialista liderado por José Sócrates e um dos fundadores do CDS-PP, tal como Basílio Horta.
Minutos depois, juntou-se o antigo chefe de Estado, ex-secretário-geral socialista e ex-presidente da câmara de Lisboa Jorge Sampaio.
Um encontro de "amigos", como definiu Basílio Horta, um dos fundadores do CDS e que é atualmente deputado do PS.
"São meus amigos, ter passado político é importante, só quem não tem passado político é que pode criticar aqueles que não têm. É uma garantia para o futuro, de experiência e, fundamentalmente, há um passado que responde por nós, em termos de transparência, seriedade, de eficácia ao serviço da comunidade", disse.
"Se Adelino Amaro da Costa fosse vivo também estaria aqui, os meus amigos, as minhas raízes", acrescentou.
Apesar da ´mistura' entre CDS e PS, Basílio Horta recusou a ideia de "centrão, sublinhando que hoje em dia "há uma bipolarização muito clara" na vida política nacional.
De um lado, disse, "os neo-liberais que estão no Governo", com o PSD que "de social-democrata já só tem o nome" e o "PP" que é um "partido neo-liberal" ao contrário do "CDS, que era democrata-cristão".
"Por isso é que eu digo que hoje quem defende o humanismo só o pode fazer no PS", frisou o candidato à câmara de Sintra, que garante que não quer "ganhar de qualquer maneira", mas "ganhar para trabalhar".
Aliás, recordou, durante toda a sua vida trabalhou naquilo que o concelho neste momento mais precisa: investimento.
"As empresas não podem continuar a abandonar Sintra", afirmou o antigo presidente ao AICEP, que promete entregar terrenos a quem quiser investir no concelho, totalmente licenciados, e com possibilidade de ser negociada uma redução transitória do IMI e da derrama.
Em troca, acrescentou, a autarquia apenas exigirá a criação de postos de trabalho e a produzir bens transacionáveis.
A capacidade que Basílio Horta terá para conseguir colocar Sintra no "mapa do investimento" nacional foi, aliás, frisada pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que considerou que o candidato socialista poderá "dar projeção nacional e internacional" à vila.
"Não chega o património mundial", acrescentou.