Isabel Moreira condena arquivamento de queixa contra censura de beijo gay
Entidade Reguladora da Comunicação Social arquivou queixa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género contra o corte das cenas homossexuais numa série infanto-juvenil.
© Global Imagens
Política Panda Biggs
Isabel Moreira condenou, este domingo, através da sua página de Facebook, o arquivamento do processo contra a censura de beijo lésbico numa série infanto-juvenil no canal Panda Biggs.
A deputada socialista, partilhou a publicação de Paulo Côrte-Real, antigo vice-presidente da ILGA, assumindo que partilha da opinião do ativista pelos direitos das pessoas LGBT sobre este assunto.
“Eu ia escrever sobre isto, mas o Paulo Côrte-Real disse tão bem : Parece que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) acha razoável a censura de um beijo lésbico numa série de animação infanto-juvenil”, escreveu a parlamentar nas redes sociais para logo a seguir partilhar as palavras do professor universitário.
“Enquanto espero ansiosamente [...] pela condenação veemente da validação deste ato de censura, constato que na ERC as pessoas são quase todas Drs. e portanto quase todas pessoas de bem, que acham que isto de haver lésbicas é fraturante e que a sociedade ainda tem que se preparar para decidir se está preparada para pôr a hipótese de existir a realidade que existe”, começou por expor Paulo Côrte-Real.
“Pois é, a liberdade de expressão continua a ser sempre limitada - nomeadamente para as pessoas que não podem ter modelos de construção identitária e que depois não conseguem expressar essa identidade. E a primeira liberdade de expressão - vale a pena repetir - é a liberdade de expressão da própria identidade, a partir da qual se expressam todas as ideias. Mas não há ninguém ali naquele Conselho para explicar isto, certo?”, questionou o ativista.
Recorde-se que a relação homossexual entre duas personagens da série 'Sailor Moon Crystal' tem dado que falar. O canal Panda Biggs, que transmite esta série infanto-juvenil, decidiu cortar as cenas que abordavam as temáticas da homossexualidade e transgénero, originando várias queixas à ERC.
Uma das queixas foi apresentada pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Contudo, a ERC entendeu que os cortes nos episódios não fazem qualquer "apelo à discriminação em razão da orientação sexual, ou alguma forma de veicular má informação para o público telespetador, no caso concreto constituído designadamente por crianças e adolescentes".
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