Texto de Câncio sobre Sócrates é "impressionante na sua desfaçatez"

O antigo primeiro-ministro é, esta segunda-feira, alvo de alguns textos de opinião. A jornalista Fernanda Câncio e o dirigente do livre, Rui Tavares, não poupam críticas àquele que esteve à frente dos destinos do país entre 2005 e 2011. E quem não poupa críticas a Fernanda Câncio é o social-democrata Carlos Abreu Amorim.

Carlos Abreu Amorim

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Patrícia Martins Carvalho
07/05/2018 10:25 ‧ 07/05/2018 por Patrícia Martins Carvalho

Política

Carlos Abreu Amorim

Carlos Abreu Amorim leu o texto de opinião de Fernanda Câncio, publicado hoje no Diário de Notícias, e não gostou.

No seu ponto de vista, trata-se de um “texto impressionante na sua desfaçatez, sem qualquer declaração de interesses, desprovido sequer de um ensaio de explicação de como se conviveu e se fruiu, alegremente, de todos os equívocos e óbvias indignidades que agora se descrevem com minúcia”.

Embora a ex-namorada de José Sócrates o critique, não pelos crimes de que é acusado, mas pela conduta ética e moral que manteve face ao seu partido e aos seus apoiantes, o deputado do PSD entende que tudo é escrito “com o intuito gelado de também se ressalvar”.

Para Carlos Abreu Amorim, Fernanda Câncio, “pura e simplesmente, num ápice, pincha-se da posição de ‘muralha de aço’ de alguém para a de seu flagelador principal”.

“A autora, faz as vezes de ‘tricoteuse’ de serviço na reviravolta tática dos antigos aduladores pessoais e filhos políticos de Sócrates que agora está em curso”, escreve o social-democrata na sua página pessoal do Facebook, acrescentando que “tudo isto se insere numa jogada de política pura”, pois “Costa e os seus estão-se a tentar livrar do embaraço Sócrates antes das Legislativas - tal como os répteis mudam de pele quando uma nova estação se aproxima”.

“Contudo, muito mais do que isso, este texto, quem o escreve e o que o envolve, exibe a marca intemporal da amoralidade e da infâmia de que os clássicos nos avisam como sendo parte essencial daquilo que a natureza humana é feita e desfeita”, remata.

De referir que Fernanda Câncio não foi a única comentadora que escreveu, esta segunda-feira, sobre o antigo primeiro-ministro.

Também Rui Tavares, do partido Livre, se debruçou sobre o antigo secretário-geral do Partido Socialista num artigo publicado no jornal Público.

Tanto Fernanda Câncio como Rui Tavares criticam o facto de José Sócrates ter vivido de aparências, mentindo e enganando o próprio partido e nunca se ter desculpado publicamente por isso mesmo, por viver na "dependência financeira de um empresário".

Recorde-se que José Sócrates anunciou no final da semana passada que iria desfiliar-se do Partido Socialista.

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