Num requerimento dirigido ao Ministério da Saúde, os deputados do CDS-PP questionam se este gabinete "tem conhecimento das condições precárias e indignas, nomeadamente para doentes e profissionais de saúde, em que se encontra o CHVNG/E", acrescentando a pergunta: "Se sim, desde quando e que diligências tomou, ou pensar tomar, para solucionar o problema?".
O CDS-PP também quer saber quais os Governo para "a grave situação a nível estrutural do CHVNG/E, de modo a devolver a normalidade ao funcionamento desta unidade de saúde" e questionam Adalberto Campos Fernandes sobre um eventual reforço de recursos humanos.
"Vai o Ministério da Saúde reforçar o corpo clínico do CHVNG/E? Se sim, quando e em que especialidades?", questiona o CDS-PP numa nota assinada por seis deputados.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse terça-feira que todos os diretores de serviço deste equipamento hospitalar estão dispostos a demitir-se se "a situação caótica se mantiver".
Miguel Guimarães visitou o hospital de Gaia e reuniu-se com os 37 diretores de serviços e unidades de gestão integrada para se "inteirar dos problemas existentes" nesta unidade hospitalar.
"[Existem] condições caóticas. O Serviço de Urgência parece um cenário de guerra com macas por todo o corredor. Quase é impossível circular (...). Este hospital está a definhar. As prioridades são a melhoria das infraestruturas e dotar o hospital com os recursos humanos necessários", afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos, referindo que foi decidido enviar uma carta e solicitar uma reunião "urgente" ao ministro da Saúde.
O bastonário desafiou os ministros da Saúde e das Finanças a visitarem este hospital para perceberem, disse o responsável, que "doentes e profissionais vivem em condições que não lembram a ninguém".
No mesmo dia, em resposta às críticas descritas pela Ordem dos Médicos, o presidente do conselho de administração do CHVNG/E, António Dias Alves, que tomou posse em abril do ano passado, garantiu que neste hospital se "pratica boa medicina por pessoas que se esforçam" e avançou que vai "ouvir e dialogar com os profissionais".
"Vamos ouvi-los, dialogar e perceber as razões em consonância com a tutela porque pretendemos o melhor para o hospital", referiu António Dias Alves.
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