Relatório aponta anomalias na construção de multiusos de Lamego
A Câmara de Lamego anunciou hoje que a utilização do Centro Multiusos passará a ser avaliada a cada evento, de forma a garantir a segurança dos utentes, na sequência de anomalias detetadas na construção do edifício.
© CMLamego
País Avaliação
Na última reunião de Câmara, o executivo avaliou o relatório relativo ao processo de construção do Centro Multiusos de Lamego, elaborado pela Comissão de Inspeção Técnica de Equipamentos Municipais (CITEM).
"Este documento chegou à conclusão de que a receção provisória do edifício foi feita tacitamente por omissão do dona da obra - a empresa Lamego Renova - que não realizou a vistoria que era exigida", avança a autarquia, em comunicado.
Posteriormente, em setembro de 2017, "a receção definitiva da empreitada também foi feita tacitamente, porque o município de Lamego não procedeu à vistoria exigida por lei", acrescenta.
O relatório também menciona que, "logo a seguir à adjudicação da empreitada de construção do Centro Multiusos a um consórcio formado por três empresas convidadas, foi apresentada uma nova versão do projeto de arquitetura".
Entre outros pormenores, esta versão "contraria o projeto inicial e reduz a área de construção em cerca de 13%, reduzindo 10 metros ao longo de todo o edifício", refere.
"Não obstante o valor da adjudicação ter sido integralmente pago ao construtor, recebemos um edifício mais pequeno do que o adjudicado e um parque de estacionamento com menos lugares do que o previsto inicialmente", lamenta o presidente da autarquia, Ângelo Moura.
A CITEM concluiu que "o equipamento está inacabado", exemplificando com o facto de o "parque de estacionamento não poder ser utilizado porque não foram executados os acessos previstos no projeto licenciado e a cafetaria, embora inicialmente executada, foi demolida no decurso das obras de reconstrução da cobertura e não foi edificada de novo".
Ainda de acordo com o relatório, "os sistemas de iluminação, de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) e de deteção e combate a incêndios e de intrusão nunca funcionaram corretamente".
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