Recolha de esperma em doentes deixa de ser subsidiada

A administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto anunciou que vai deixar de pagar a recolha e a preservação de esperma de doentes oncológicos em risco de ficar inférteis, justificando a decisão com o facto de o serviço não ter sido utilizado durante 10 anos, escreve o Jornal de Notícias (JN) desta segunda-feira.

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Notícias Ao Minuto
05/08/2013 08:09 ‧ 05/08/2013 por Notícias Ao Minuto

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IPO do Porto

A partir de agora, os doentes em idade reprodutora que se sujeitem a tratamentos de quimio e radioterapia e que, por isso estejam em risco de ficar inférteis querendo conservar esperma, têm que pagar cerca de 150 euros pela recolha e 80 euros pela preservação. Isto porque o IPO do Porto já não vai custear mais estes valores.

"Se em 10 anos ninguém utilizou, é uma despesa socialmente inútil e absolutamente dispensável", explicou ao JN o presidente do Conselho de Administração do IPO, Laranja Pontes.

Segundo revelou uma análise custo-benefício realizada em Março, o serviço não foi utilizado em 10 anos de existência, sendo "um desperdício continuar a investir dinheiro num programa que não era comparticipado", defende a administração daquele hospital.

Esta decisão é contestada pelo Bloco de Esquerda que, numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, diz tratar-se de "um retrocesso na humanização dos serviços [e na] efectivação dos direitos de todos os homens a terem filhos, se assim o desejarem". 

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