A partir de agora, os doentes em idade reprodutora que se sujeitem a tratamentos de quimio e radioterapia e que, por isso estejam em risco de ficar inférteis querendo conservar esperma, têm que pagar cerca de 150 euros pela recolha e 80 euros pela preservação. Isto porque o IPO do Porto já não vai custear mais estes valores.
"Se em 10 anos ninguém utilizou, é uma despesa socialmente inútil e absolutamente dispensável", explicou ao JN o presidente do Conselho de Administração do IPO, Laranja Pontes.
Segundo revelou uma análise custo-benefício realizada em Março, o serviço não foi utilizado em 10 anos de existência, sendo "um desperdício continuar a investir dinheiro num programa que não era comparticipado", defende a administração daquele hospital.
Esta decisão é contestada pelo Bloco de Esquerda que, numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, diz tratar-se de "um retrocesso na humanização dos serviços [e na] efectivação dos direitos de todos os homens a terem filhos, se assim o desejarem".