Manuel Alegre confessou, esta segunda-feira, na antena da RTP 3, que o polémico jantar de convidados do WebSummir no Panteão Nacional “o incomoda”.
“Os monumentos não se podem manifestar e os mortos também não, mas aquilo [o Panteão] é uma coisa de uma certa indignidade porque lá estão algumas das grandes figuras da história”, considerou.
Para o escritor, os monumentos nacionais têm de "ter meios de subsistência sem terem que se fazer jantares”, ou seja, precisam de “ter meios para serem preservados e terem dignidade”.
Manuel Alegre condenou “a sobreposição dos interesses privados” e defendeu que é preciso ter mais respeito pelo país, referindo-se não só ao Panteão Nacional como a algumas das causas que têm afetado o país como os incêndios, a seca ou até a legionella.
O histórico socialista, que estava a ser entrevistado na sequência do lançamento da sua mais recente obra de poesia 'Auto de António', defendeu, ainda, que tudo isto é consequência da “incapacidade e desleixo do Estado” e que se deveria colocar “o país em primeiro”.