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Fogos reconhecidos como catástrofe natural com apoio de 10 milhões

O Governo reconheceu como "catástrofe natural" os incêndios que deflagraram em julho e agosto em 30 concelhos e ativou um apoio de 10 milhões de euros, de acordo com um despacho publicado hoje no Diário da República (DR).

Fogos reconhecidos como catástrofe natural com apoio de 10 milhões
Notícias ao Minuto

12:29 - 06/10/17 por Lusa

País Incêndios

O despacho do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Manuel Capoulas Santos, reconhece "a dimensão e gravidade dos danos e prejuízos causados" pelos incêndios florestais de julho e agosto, o que justifica "a qualificação desta situação como 'catástrofe natural'".

Esta qualificação permite este apoio excecional à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas danificadas, nomeadamente animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola.

São elegíveis para este apoio as explorações agrícolas onde se tenham verificado danos superiores a 30% do potencial agrícola, confirmado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas.

O apoio é concedido sob a forma de subvenção não reembolsável e só é possível apresentar uma candidatura por beneficiário, sendo "dada prioridade às candidaturas em que a dimensão relativa do dano sofrido seja mais elevada".

O apoio cobre 100% da despesa, quando igual ou inferior a 5.000 euros, e 50% da restante despesa no caso de beneficiários que tenham recebido pagamentos diretos de valor igual ou inferior a 5.000 euros no ano anterior e tenham tido prejuízos superiores a 80% do potencial agrícola.

O apoio cobre ainda 50% da despesa "no caso das restantes explorações agrícolas".

O montante mínimo de investimento é de cem euros.

Os pedidos de apoio devem ser apresentados através de formulário eletrónico disponível no Portal do Portugal 2020 (www.portugal2020.pt) ou do Plano de Desenvolvimento Regional 2020 (www.pdr-2020.pt) a partir da próxima quarta-feira e até 30 de novembro.

Só serão apoiadas as candidaturas aprovadas, mas os beneficiários podem iniciar os investimentos antes da verificação e validação, desde que comuniquem o início dos trabalhos à Direção Regional de Agricultura e Pescas, com uma antecedência mínima de 72 horas.

Estão abrangidos por este diploma os concelhos de Alijó, Abrantes, Almeida, Cantanhede, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Ferreira do Zêzere, Freixo de Espada à Cinta, Fundão, Gavião, Gouveia, Guarda, Mação, Macedo de Cavaleiros, Mangualde, Mealhada, Melgaço, Nisa, Oleiros, Penedono, Proença-a-Nova, Resende, Sabrosa, Sabugal, Sardoal, Sertã, Torre de Moncorvo, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão.

Já a 25 de julho, o Governo tinha reconhecido os incêndios que atingiram o centro do país em junho como uma catástrofe natural, ativando um outro apoio de 10 milhões de euros.

Este apoio foi direcionado para os danos e prejuízos em áreas localizadas nos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã.

Os incêndios florestais queimaram este ano mais de 215 mil hectares, o valor mais elevado dos últimos 10 anos, segundo o mais recente relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), hoje divulgado, que analisa o período compreendido entre 01 de janeiro e 30 de setembro.

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