Funcionária judicial do Porto confessa ter desviado132 mil euros
Uma funcionária judicial confessou hoje, no Tribunal São João Novo, no Porto, ter desviado 132 mil euros depositados à ordem do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça por estar a "atravessar um mau momento".
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País Tribunal europeu
Perante o coletivo de juízes, a arguida explicou que estava "desesperada" e a passar um "mau período", frisando estar "muito arrependida".
A funcionária pediu ainda ao tribunal que lhe desse uma "oportunidade".
A mulher está acusada pelo Ministério Público (MP) de 45 crimes de peculato e 45 crimes de falsidade informática.
Segundo a acusação, os factos aconteceram entre 05 de dezembro de 2011 a 28 de outubro de 2013, na 4.ª Vara Cível do Porto, local onde a arguida desempenhava funções de escrivã-adjunta.
Durante esse período e no exercício das suas funções, a arguida apropriou-se de 132 mil euros depositados à ordem do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, no âmbito de processos tramitados na 4.ª Vara Cível, logrando que as várias verbas que o integraram fossem depositadas em contas bancárias por si tituladas ou de que tinha a disponibilidade, salienta.
E acrescentou: "a arguida, utilizando as permissões que lhe estavam atribuídas, criava e aprovava Notas de Depósito Autónomo para Pessoa, introduzindo indevidamente no sistema informático os dados das suas contas bancárias como beneficiária de reembolsos, em vez dos dados dos intervenientes processuais que a eles efetivamente tinham direito".
Posteriormente, procedia à validação destas notas acedendo aos computadores dos funcionários com permissão para tal, à revelia deles, ou apresentando-lhas para validação como se legítimas fossem, sustenta a acusação.
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