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Costa garante que Almaraz não será discutido na cimeira luso-espanhola

O primeiro-ministro, António Costa, explicou hoje que o tema da central nuclear de Almaraz não será abordada especificamente na cimeira luso-espanhola porque tem sido tratada diretamente por ele próprio e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente.

Costa garante que Almaraz não será discutido na cimeira luso-espanhola
Notícias ao Minuto

16:36 - 23/05/17 por Lusa

País Central nuclear

No debate quinzenal que hoje decorre no parlamento, a deputada do PEV Heloísa Apolónia quis "saber se quer a matéria de Almaraz quer a matéria da exploração de urânio em Salamanca vai ou não estar na agenda" da 29.ª cimeira luso-espanhola, que decorre segunda-feira e terça-feira, em Vila Real.

"Não vamos tratar especificamente destes temas na cimeira pela razão simples que esses temas têm sido tratados diretamente pelo ministro Negócios Estrangeiros, com o seu homólogo, com o ministro do Ambiente e com o seu homólogo, e por mim próprio com o presidente do Governo de Espanha e iremos continuar a tratar nas suas três dimensões: armazém, mina e futuro do sistema nuclear espanhol", explicou primeiro-ministro na resposta.

Heloísa Apolónia defendeu que "convém que o Governo não se encolha nem em Portugal nem perante Espanha" e foi perentória: "faz-me uma profunda impressão que o Governo não consiga dizer com todas as letrinhas que vai defender perante o Governo espanhol o encerramento da central nuclear de Almaraz".

A deputada do PEV criticou ainda "a passividade que o Governo português tem relativamente a essa exploração de urânio, em Salamanca".

Na resposta, o primeiro-ministro começou por considerar que "se há algo que este Governo não pode ser acusado é de passividade" e recordou que, sobre a central nuclear de Almaraz, o Governo agiu forçando Espanha a apresentar documentação que não tinha sido apresentada, submetê-la a uma audição pública e a designar um grupo técnico.

Sobre as minas de urânio, Costa afirmou que é um assunto que o Governo está a acompanhar, sublinhando a existência de um protocolo de 2008 que regula esta matéria e que deve ser cumprido e que a Agência Portuguesa de Ambiente solicitou o estudo de impacto ambiental e está a fazer a sua avaliação.

Na sua intervenção, a deputada do partido "Os Verdes" começou por falar da saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, referindo que "ao contrário daquilo que o PSD e o CDS procuravam fazer crer, o empobrecimento dos portugueses não é remédio nem é a solução para o défice nem para qualquer um dos problemas reais do país" e que "inverter o caminho de austeridade imposto por PSD e CDS revelou-se uma boa estratégia".

"Esta questão cria agora uma margem de ação que tem que levar o Governo a deixar de se encolher em relação a algumas matérias: aumento do número dos escalões do IRS, aposta e investimento na saúde, incentivo à produção local. Se estas apostas não forem feitas nada será afinal fortemente diferente", alertou.

O chefe do executivo disse apenas que "a questão da confiança foi decisiva e continuará a ser decisiva" e que a "chave dessa confiança foi a reposição de rendimento às famílias".

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