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Escolas não vão abrir dia 12. Terceiro período cada vez mais 'express'

Alunos do 9.º e 12.º anos têm apenas 32 dias úteis para mostrar o que valem. E se um período curto de aulas pode beneficiar os bons, com os menos bons não é tanto assim.

Escolas não vão abrir dia 12. Terceiro período cada vez mais 'express'
Notícias ao Minuto

19:52 - 27/04/17 por Notícias Ao Minuto

País Visita do Papa

Ainda não foi formalmente apresentada a decisão do Governo de conceder tolerância de ponto no dia 12 de maio, a propósito da vinda do Papa a Fátima, mas a possibilidade de tal acontecer já está a causar polémica no seio do Partido Socialista (PS).

Mas tendo em conta que por ocasião da visita do então Papa Bento XVI também foi concedida tolerância de ponto, na altura por José Sócrates, este ano não deverá ser diferente.

É, portanto, quase um dado adquirido que a Função Pública não terá de trabalhar nessa sexta-feira. E assim sendo, as escolas públicas também não abrirão portas. Sem professores e sem funcionários, uma coisa é certa: não haverá aulas.

Ora, para Filinto Lima, presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), "um dia a menos no calendário escolar dos alunos é especialmente relevante" dado que "o terceiro período já é bastante curto". Contando com o "período da Páscoa e com esta tolerância de ponto, os alunos do 9.º e 12.º anos ficam com 32 dias úteis de aulas, num período decisivo de exames". 

"É menos de metade do tempo do primeiro e segundo período", sublinha ao Notícias ao Minuto, ressalvando que o problema não é a vinda do Papa em si, mas sim as condicionantes de um período já de si tão curto que acaba por prejudicar os alunos, sobretudo aqueles que vêm com resultados negativos do período anterior que ficam limitados no tempo para recuperar notas.

"Estes tornam-se potencialmente alunos mal comportados e desmotivados" pelo facto de o chumbo ser, à partida, o mais provável. 

Filinto não coloca em causa o acontecimento "de grande envergadura" como é a vinda do Papa a Portugal e acredita que os "professores encontrarão estratégias para compensar" esse dia a menos.

Mas aproveita para relembrar uma proposta apresentada já ao Ministério da Educação de "transformar o calendário escolar em períodos semestrais", como acontece nas universidades e faculdades. Interessa, por isso, "debater a proposta e colocá-la na agenda política", defende o representante.

Esta proposta, recorda, "não é propriamente nova". Já havia sido apresentada ao governo anterior e foi novamente apresentada ao atual ministro da Educação. No seu entendimento, "seria a solução" para tornar os períodos escolares "mais equitativos" e todos colheriam os "dividendos" dessa alteração. 

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