A Guarda Nacional Republicana (GNR) levou a cabo em todo o país mais uma edição dos ‘Censos Sénior’, um levantamento que os militares desta força de autoridade fazem desde 2011 para aferir quantos idosos vivem sozinhos e/ou isolados, identificando estas pessoas e prestando-lhes o apoio possível.
O levantamento desta informação, que é agora divulgada, permite ainda à GNR promover ações de sensibilização para que esta faixa da população possa estar mais segura.
Há uma evidente subida de casos identificados desde a criação do censo: em sete anos, o número de idosos sinalizados quase que triplicou, passando dos 15.596, em 2011, para os 45.516, em 2017.
Este crescimento não reflete, no entanto, um necessário aumento de idosos a viver em condições de vulnerabilidade “mas sim o facto dos censos sénior se constituírem como uma base de dados geográfica cada vez mais completa, potenciando assim um melhor apoio da GNR à nossa população idosa”.
Os dados enviados pela GNR indicam, ainda, que dos 45.516 idosos a viver em condições de vulnerabilidade: 28.279 vivem sozinhos, 5.124 vivem isolados, 3.521 vivem sozinhos e isolados, e 8.592 não se enquadram em nenhuma das situações anteriores mas apresentam limitações físicas e/ou psicológicas.
Existem muito mais mulheres nestas situações do que homens: 15.344 homens face a 30.172 mulheres.
Na divisão de dados por distrito, verifica-se que Guarda (3.932), Viseu (3.930) e Beja (3.846) são os três distritos com mais casos de idosos nas situações descritas. Lisboa (1.122), Porto (1.187) e Viana do Castelo (1.222) são os distritos que apresentam menos casos.