Adelino Briote, o homem que esta sexta-feira matou quatro pessoas em Barcelos, vai ficar em prisão preventiva. A decisão foi tomada este sábado pelo Tribunal de Braga, onde decorreu a primeira audição.
"O arguido Adelino Gomes Briote vai aguardar em prisão preventiva por se verificarem todos os perigos previstos no artigo 204 do Código Processo Penal", anunciou a oficial de justiça às televisões.
Em causa estão os perigos de fuga, de perturbação do decurso do inquérito, de continuação da atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas. Vai a julgamento por quatro crimes de homicídio.
O crime de aborto acabou por cair porque o juiz entendeu que funciona como uma "agravante" para o crime de homicídio qualificado.
O homem já tinha sido condenado antes, a três anos de prisão com pena suspensa (por agressão a familiares), sendo este facto um agravante na atribuição das medidas de coação.
O suspeito chegou ao tribunal por volta das 9h da manhã, escoltado por três elementos da Polícia Judiciária.
Recorde-se que o homem de 63 anos confessou ter esfaqueado os quatro vizinhos, em São Veríssimo, concelho de Barcelos. Entre eles estava uma mulher grávida, em fim de gestação.
Adelino Briote estava indiciado por quatro crimes de homicídio qualificado e um crime de aborto. As vítimas são um homem com 84 anos e três mulheres com 80, 60 e 37 anos.
Terá sido uma vingança a motivar o quádruplo homicídio. De acordo com testemunhos ouvidos pelo Notícias ao Minuto, as quatro vítimas mortais testemunhavam contra Adelino no âmbito de um processo por agressão.
