POUPANÇA NO MINUTO
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Transporte de passageiros em meios inapropriados é "quase criminoso"
O presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) disse hoje que o transporte de passageiros em meios "desapropriados" é um serviço "quase criminoso", tanto da parte de quem o utiliza como de quem o executa.
© Global Imagens
País ANTRAL
Comentando o acidente há um ano no sul de França que causou a morte de 12 emigrantes portugueses, Florêncio Almeida defende o reforço da fiscalização e mais rigor por parte das forças policiais e do próprio Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMTT).
"Se não houver uma fiscalização rigorosa e severa, não será fácil eliminar este tipo de transporte, porque as pessoas vão atrás de preços baratos e quem pratica os serviços vai à procura de alguma rentabilidade", indicou.
Florêncio Almeida apelida de "criminosos", "clandestinos e ilegais" aqueles que fazem este tipo de transporte.
"Não há condições de trabalho, tudo porque os motoristas fazem horas e horas de serviço e praticam preços muito baixos para o transporte ser rentável, recorrendo ao tempo extra de condução, o que provoca maior insegurança", enfatizou.
"As pessoas não têm consciência de que, ao viajar em certo tipo de meios de transporte, não têm seguros que cubram uma situação de um eventual acidente rodoviário", frisou, em declarações à Lusa, o responsável pela ANTRAL.
Para o dirigente, "as pessoas têm muita culpa quando utilizam este tipo de meio de transporte, sem condições, e terá, assim, de haver uma maior conscientização por parte de cada um".
Segundo o dirigente da ANTRAL, o maior número de veículos automóveis para fazer transporte de passageiros, "de forma clandestina", está situada nas zonas de fronteira desde o Minho até à Beira Baixa.
A 24 de março de 2016, na estrada nacional 79, na localidade de Moulins, departamento francês de Allier, o despiste de uma carrinha de transporte ilegal de emigrantes da Suíça causou 12 mortos, um processo que agora deverá ser julgado pela justiça francesa até ao final do ano.
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