Quase metade dos portugueses vive à custa da Segurança Social

Pela primeira vez em mais de dez anos, a Segurança Social terminou o ano com saldo negativo. Para a falta de capitais desta entidade contribuem, em especial, as prestações de desemprego e de velhice, sobrevivência e invalidez. O Jornal de Notícias revela, na edição desta quarta-feira, que no total são 4,8 de milhões as pessoas que dependem da Segurança Social para viver, contra os 4,5 milhões que fazem descontos.

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Notícias Ao Minuto
08/05/2013 09:15 ‧ 08/05/2013 por Notícias Ao Minuto

País

Prestações

A Segurança Social é a bengala de apoio de quase metade dos portugueses. De acordo com o Jornal de Notícias são 4,8 milhões as pessoas que dependem das prestações sociais para viver. Por outro lado, são apenas 4,5 milhões aqueles que descontam e contribuem para o financiamento desta entidade que, pela primeira vez em mais de dez anos, fechou o ano de 2012 com um saldo negativo, de cerca de 800 milhões de euros.

Nos últimos 20 anos a despesa da Segurança Social, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), aumentou de 7,6% para 18%. O aumento do desemprego e da esperança média de vida são factores que têm contribuído para este desequilíbrio orçamental, já que a taxa de natalidade, tal como a dos cidadãos activos, tem vindo a decrescer. Alguns estudos sobre este tema asseguram mesmo que a Segurança Social vai deixar de ser sustentável em aproximadamente 25 anos.

Saiba quais as prestações que 'arrastaram' a Segurança Social para esta situação:

Prestações de desemprego:

Em 2001 eram 305 617 as pessoas que beneficiavam deste subsídio. No ano passado eram mais do dobro: 641 427.

Abono de Família:

Os titulares desta prestação mantiveram-se durante dez anos sem grandes oscilações. O ponto alto registou-se em 2009, com 1,9 milhões de subsidiários, um número que sofreu um grande revés nos últimos três anos: no ano passado eram ‘apenas’ 1,3 milhões aqueles que recebiam este abono.

Subsídio por doença:

Os portugueses que recebem esta prestação social eram, em 2012, mais de 496 mil. Um número bastante menor quando comparado com 2001 (646 mil) e 2006 (516 mil).

Prestações de Parentalidade:

Introduzido em 2009, este subsídio abrangia, no ano passado mais de 167 mil pessoas.

Rendimento Social de Inserção (RSI):

2010 foi o ano em que o número de beneficiários deste subsídio atingiu o seu auge, alcançando mais de 527 mil subsidiários. O Governo tomou medidas para restringir o acesso a esta prestação social e, no ano passado, o número tinha descido para 420.665 pessoas.

Pensão de Velhice, de Invalidez e de Sobrevivência:

No ano passado eram quase dois milhões os beneficiários da pensão de velhice, um número que tem vindo sempre a aumentar desde 2001. As pensões por invalidez e de sobrevivência abrangiam 277.113 e 713.340 pessoas, respectivamente.

Complemento Solidário para Idosos:

O número de prestações pagas em 2012 sofreu uma ligeira queda quando comparado com o ano de 2010: o número de beneficiários passou de 246.722 para 244.927 em 2012.

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