Comandos e pensões levam o ministro da Defesa ao Parlamento
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, vai na quarta-feira ao Parlamento apresentar um balanço da execução orçamental e os objetivos do diploma em preparação sobre as pensões dos militares, e será questionado sobre o destino dos Comandos.
© Global Imagens
Política Debate
Na audição parlamentar regimental, prevista para as 15:00, o ministro José Alberto Azeredo Lopes fará também referência às mortes ocorridas na sequência do treino do 127.º curso de Comandos, apresentando o "ponto da situação" sobre as medidas tomadas e a atuação do ministério, disse à Lusa fonte oficial do gabinete do ministro.
A audição, marcada para as 15:00, incluirá rondas de perguntas por parte das bancadas parlamentares, com o PSD a defender a necessidade de um "esclarecimento cabal" sobre o destino a dar ao regimento de Comandos, na sequência de declarações do governante que considerou "contraditórias e ambíguas".
"O Governo tem a obrigação de prestar um esclarecimento cabal sobre quais são as suas intenções quanto ao regimento de Comandos e se dá ou não cobertura política às pretensões do Bloco de Esquerda [que defende o fim dos Comandos]", defendeu o coordenador dos deputados do PSD na comissão parlamentar de Defesa Nacional, Pedro Roque.
Em declarações à Lusa, Pedro Roque adiantou que irá ainda questionar o ministro sobre os resultados da cimeira da NATO, que decorreu em Varsóvia, em julho, e sobre o papel das Forças Armadas no combate aos incêndios.
Questionado pela Lusa, o coordenador do PS na comissão parlamentar de Defesa, José Medeiros, considerou que "será inevitável" abordar "a questão dos Comandos" mas rejeitou que possa ser "discutida com seriedade" qualquer ideia sobre o destino daquele regimento.
Para o PS, o Governo e o Exército geriram de forma "irrepreensível" todo o processo desde que se verificou a morte do primeiro militar, no passado dia 04, na sequência do treino no segundo dia do curso.
Entre os temas prioritários para o CDS-PP estão "o recrutamento e o treino militar", disse o deputado João Rebelo, lembrando que, na anterior audição, o ministro admitiu que dificilmente seriam atingidos os objetivos do recrutamento para 2016.
Azeredo Lopes será ainda questionado sobre as negociações entre Governo e privados para a possível utilização de parte da base militar aérea n.º6, no Montijo, para fins civis, segundo disse na semana passada o presidente da comissão, Marco António Costa.
Na sequência da morte de um instruendo no segundo dia do 127.º curso de Comandos, a 04 de setembro, o Chefe do Estado-Maior do Exército mandou abrir uma investigação técnica extraordinária, sem prazo, conduzida pela Inspeção-Geral do Exército.
Só após as conclusões da inspeção extraordinária, o CEME avaliará se será realizado ou não o 128.º curso, previsto para janeiro de 2017, disse à Lusa o porta-voz do Exército.
Quanto ao 127.º curso, está suspenso temporariamente, até serem recolhidos os resultados das análises e exames complementares aos militares, pedidos pelo Exército ao Centro de Saúde Militar de Coimbra.
Em paralelo, a Polícia Judiciária Militar e a Procuradoria Geral da República abriram inquéritos às mortes dos dois militares.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com