Militares da GNR fardados e à civil realizaram protesto junto ao MAI

Militares da GNR, fardados e à civil, realizaram hoje um passeio no Terreiro do Paço, em Lisboa, junto ao Ministério da Administração Interna (MAI), para demonstrarem o "desagrado e descontentamento" sobre a forma como têm sido tratados.

Pela primeira vez há uma militar a comandar uma operação no estrangeiro

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Lusa
08/07/2016 15:51 ‧ 08/07/2016 por Lusa

País

Lisboa

Em causa estão os cortes nas pensões e de direiros, além da não aprovação do estatuto profissional da GNR, prometido desde o anterior Governo PSD/CDS, disse à agência Lusa um militar presente no protesto.

O passeio, que não foi organizado pelas associações socioprofissionais, foi realizado durante a hora do almoço e convocado através de mensagens de telemóvel e passagem de informação.

O militar da Guarda Nacional Republicana adiantou que muitos dos profissionais da corporação aproveitaram a hora de almoço para irem "passear ao Terreiro do Paço e demonstrarem o descontentamento e desagrado sobre a forma como estão a ser tratados", num protesto que não teve direito a cartazes ou palavras de ordem.

"Queremos que se aplique a lei. Estamos muito desiludidos com António Costa. Esta foi uma lei aprovada por ele enquanto ministro da Administração Interna", disse à Lusa outro militar presente no passeio, referindo-se aos cortes nas pensões de reforma devido aos cálculos "ilegais" que estão a ser realizados pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Após o passeio, as cinco associações socioprofissionais da GNR consideraram, em comunicado, que esta iniciativa "é um sinal claro, demonstrativo do mal-estar e revolta vividas no seio da Instituição", principalmente devido aos cortes nas pensões.

"Esta união sem precedentes na história do associativismo dos militares da GNR, mais não é do que o reflexo de um sentimento de injustiça e falta de respeito por tudo aquilo que representa o risco e a vida de ser militar, profissional e vestir uma farda", adiantam as cinco associações socioprofissionais.

As Associações alertam ainda o Governo e a tutela para possíveis formas de luta no futuro, caso a situação não seja resolvida.

"Isto é uma bomba atómica, não sabemos é quando vai explodir", disse ainda à Lusa um outro militar que participou no passeio, que durou cerca de 45 minutos.

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