'Luvas' para Sócrates terão tido origem no Grupo Espírito Santo

A investigação dos Panama Papers continua a revelar as ligações entre diversas personalidades das áreas política, económica e financeira portuguesas.

José Sócrates

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Patrícia Martins Carvalho
15/04/2016 23:59 ‧ 15/04/2016 por Patrícia Martins Carvalho

País

Investigação

A edição deste sábado do semanário Expresso faz manchete com a alegada ligação entre Carlos Santos Silva, José Sócrates e o universo Espírito Santo.

De acordo com os documentos a que o Expresso teve acesso (por fazer parte do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação), o dinheiro que Hélder Bataglia alegadamente transferiu para Carlos Santos Silva teve como origem o universo Espírito Santo e como destino final José Sócrates.

Simplificando, o Ministério Público acredita que o dinheiro transferido de Bataglia para Carlos Santos Silva tinha como destino José Sócrates como contrapartida pela aprovação de uma nova fase de desenvolvimento do empreendimento de Vale do Lobo, no Algarve.

Agora, o Expresso revela que esse mesmo dinheiro – 12,5 milhões de euros – terá tido origem em duas offshores da ES Entreprises cuja origem remonta ao Panamá e que já foi descrita como sendo o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo.

Estas transferências de dinheiro a partir da ES Enterprises foram confirmadas por Hélder Bataglia ao Expresso.

Por seu lado, o antigo primeiro-ministro, através dos seus advogados, já veio desmentir a notícia do Expresso.

“O engenheiro José Sócrates não tem, nem nunca teve, diretamente ou indiretamente, designadamente através de offshores, qualquer relação negocial com o senhor Hélder Bataglia”, lê-se num comunicado enviado às redações.

Na mesma nota é ainda referido que tal “resulta claramente da investigação levada a cabo e já acessível a quem interesse aprofundar o assunto”.

Mais ainda. No comunicado assinado por Nuno Fraga Coelho lê-se também que a “criação e a divulgação destas novas ‘suspeitas’ são, pois, totalmente infundadas, abusivas e caluniosas. E são objetivamente cúmplices do Ministério Público, na tentativa de reanimar uma investigação cada dia mais injustificada”.

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