Mais de três meses depois de lhe ter sido instaurado um processo disciplinar no âmbito do caso polémico do visionamento, pela PSP, das imagens da manifestação realizada a 14 de Novembro, Nuno Santos foi despedido por justa causa.
No comunicado emitido hoje, o jornalista e ex-director de informação da RTP explica que a decisão da estação de televisão pública foi comunicada hoje pelo Conselho de Administração da empresa à qual deu "o melhor de mim próprio durante 15 anos”.
À agência Lusa, Nuno Santos disse não estar surpreendido com a decisão. "Era para mim claro que tal iria suceder desde que fui ilegalmente suspenso no passado dia 7 de Dezembro, acusado de delito de opinião, após a minha audição perante os deputados da comissão de Ética na Assembleia da República", disse.
No comunicado enviado às redacções, o jornalista revela ainda que não vai desistir de provar a sua inocência: “Travarei a partir de hoje uma luta sem quartel, nos tribunais e em outros fóruns contra este saneamento anunciado e agora oficializado”.
Revoltado com a decisão do Conselho de Administração da RTP, Nuno Santos avisa que "a honra dos homens não se atira impunemente aos cães”.