Sindicato da PSP defende reforço do gabinete de psicologia

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) defendeu hoje um reforço do gabinete de psicologia da PSP através de um aumento de psicólogos, que devem existir em todos os comandos do país.

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Lusa
04/03/2016 17:00 ‧ 04/03/2016 por Lusa

País

Segurança

"Não basta fazer protocolos com entidades externas e depois descurar o gabinete de psicologia da PSP, que tem que ser reforçado e apetrechado", disse o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, a propósito do protocolo hoje assinado entre os ministérios da Administração Interna e da Saúde.

O protocolo, que se insere no Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança 2016/2020, estabelece a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos elementos da PSP e da GNR, em risco de suicídio.

Para o presidente da ASPP, este protocolo é positivo e vai permitir uma "mais fácil coordenação com entidades externas" nas situações urgentes.

No entanto, considerou que só a criação deste sistema de referenciação e encaminhamento para o SNS "não vai minimizar o prolema", sendo necessário mais meios para o gabinete de psicologia da Polícia de Segurança Pública, nomeadamente recursos humanos.

"O protocolo é mais um instrumento importante que poderá ter um papel relevante, mas só por si não vai ter a eficácia que se gostaria", sustentou, defendendo a existência de psicólogos em todos os comandos da PSP do país.

Segundo Paulo Rodrigues, a PSP não tem psicólogos em todos os comandos, existindo apenas nos mais importantes.

Durante a cerimónia da assinatura do protocolo, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, anunciou a realização de um estudo para avaliar, com maior rigor, as causas do suicídio nas forças de segurança, e admitiu um reforço de psicólogos para os gabinetes de psicologia da GNR e PSP.

Sobre o estudo, Paulo Rodrigues afirmou que "todas as avaliações são positivas", mas relembrou que "o gabinete de psicologia da PSP também tem dados que devem apontar para um caminho".

"Não podemos andar de avaliação em avaliação, de estudo em estudo, e não dar resposta", disse ainda.

O grupo de trabalho para rever o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança foi criado em novembro de 2015, devido ao número de suicídios registados na PSP e na GNR, no ano passado.

Em 2015, suicidaram-se sete agentes da PSP e cinco militares da GNR.

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