A criança de seis meses, irmã do jovem encontrado morto na quinta-feira em Portimão, Algarve, foi hoje acolhida temporariamente numa instituição com o consentimento da mãe, disse fonte da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Segundo Paulo Macedo, jurista da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Portimão "aplicou uma medida cautelar de acolhimento residencial [da criança], com o consentimento da mãe" da menina, tendo em conta a situação vivida pela família.
A criança vai ser agora colocada numa instituição do Algarve durante um período máximo que pode ir até seis meses. Contudo, Paulo Macedo sublinhou que não está ainda definido o período de tempo que a criança vai ficar temporariamente institucionalizada.
"Durante este período, a CPCJ vai recolher mais informação e trabalhar em conjunto com a mãe da criança para fazer uma avaliação e um diagnóstico da situação, com vista à tomada de uma decisão segura e definitiva quanto ao futuro", explicou este responsável.
Caso a mãe não tivesse dado o consentimento para que a filha fosse acolhida provisoriamente numa instituição, o processo teria obrigatoriamente de seguir para o tribunal, o que não veio a acontecer em função do aval da progenitora, acrescentou Paulo Macedo.
O jovem de 15 anos, que desapareceu a 22 de fevereiro e foi encontrado morto uma semana depois, estava também sinalizado pela CPCJ de Lagoa, quando este residia ainda com o pai.
O caso transitou depois para a Comissão de Portimão no momento em que Rodrigo foi morar com a mãe e com o padrasto, Joaquim Pinto, de nacionalidade brasileira.
Segundo contaram alguns vizinhos, a relação entre o jovem e o padrasto seria tempestuosa. Recorde-se ainda que Joaquim Pinto viajou para o Brasil no dia do desaparecimento e é o principal suspeito pela morte de Rodrigo Lapa.
[Notícia atualizada às 16h00]