Reporta esta quinta-feira a SIC Notícias que Joaquim de Lara Pinto é o homem que é tido como o principal suspeito da morte de Rodrigo Lapa, o adolescente de 15 anos que foi ontem, quarta-feira, encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento.
Joaquim viajou para o Brasil no dia em que a mãe de Rodrigo alertou as autoridades para o seu desaparecimento, 22 de fevereiro. Célia Barreto, a mãe, afirmou na altura que Joaquim já tinha a viagem marcada há um mês e que não “ia adivinhar”, aliás “ninguém ia adivinhar”.
O brasileiro, natural do estado do Mato Grosso, havia decidido que não ia continuar a viver em Portugal uma vez que estava desempregado.
A relação com Célia Barreto durou pouco mais de um ano. Mesmo tendo sido pais de uma menina, nem a filha de ambos de apenas seis meses demoveu Joaquim Lara Pinto de voltar para o Brasil.
No início de fevereiro comprou o bilhete e partiu no dia 22, segunda-feira da semana passada, precisamente no dia em que Rodrigo desapareceu ou pelo menos no dia em que Célia Barreto alertou as autoridades para o desaparecimento do filho
A mãe diz que os dois “falavam bem” um com outro e que se davam bem mas os amigos de Rodrigo contam uma história diferente.
Autópsia concluída, faltam exames complementares
Em declarações à Lusa, a mesma fonte adiantou que a realização da autópsia, pelo gabinete Médico-Legal e Forense do Barlavento, em Portimão, acabou cerca das 11:00 de hoje, mas ainda sem conclusões finais, já que os médicos legistas requereram a realização de exames complementares.
Na prática, significa que o corpo poderá ser libertado para a realização do funeral, embora ainda não haja um relatório final da autópsia, sendo que, nestes casos, a realização de exames complementares pode demorar entre seis a oito semanas.
A Polícia Judiciária (PJ) mantém todas as hipóteses de investigação em aberto, mas encontrou indícios de que o jovem terá sido vítima de homicídio, sendo o padrasto do jovem um dos suspeitos, disse à Lusa fonte policial.
Durante a manhã de hoje, não se registavam movimentações policiais junto à casa onde o menor residia com a mãe, o padrasto e uma irmã bebé, tendo os vizinhos dito que hoje ainda não tinham visto a mãe do rapaz.
Entretanto, nas redes sociais, está a ser convocada para sábado, às 21:00, uma homenagem ao adolescente, na zona ribeirinha de Portimão, para a qual as pessoas são convidadas a levar uma peça de roupa branca e uma flor branca.
A organização, que divulga o evento na página "Até Sempre Rodrigo Lapa", refere ainda que, às 21:30, está previsto que se cumpra um minuto de silêncio e se atirem as flores ao rio Arade.