"Uma figura maior e inovadora e um cidadão corajoso"

O arquiteto Nuno Teotónio Pereira, hoje falecido em Lisboa, foi "uma figura maior e inovadora da arquitetura portuguesa e um cidadão especialmente corajoso que sempre pugnou [...] por uma sociedade mais justa", afirma o ministro da Cultura.

João Soares

© Global Imagens

Lusa
20/01/2016 17:50 ‧ 20/01/2016 por Lusa

País

João Soares

João Soares, na mensagem de pesar enviada à família, expressa "o seu profundo sentimento de perda pelo falecimento do arquiteto Nuno Teotónio Pereira, uma figura maior e inovadora da arquitetura portuguesa e um cidadão especialmente corajoso que sempre pugnou pelas liberdades públicas e por uma sociedade mais justa".

O ministro afirma que "acompanhou direta e pessoalmente a evolução do precário estado de saúde do arquiteto Nuno Teotónio Pereira, nas últimas semanas, e disponibilizou os seus préstimos junto da sua família".

Nuno Teotónio Pereira, de 93 anos, morreu hoje, em Lisboa,rodeado pela família, em casa, cerca do meio-dia.

"Em nome do Governo da República Portuguesa, o ministro da Cultura João Soares apresenta as suas mais sentidas condolências à sua viúva e à família enlutada", remata o titular da pasta governamental da Cultura, na mensagem.

Em abril do ano passado, Nuno Teotónio Pereira foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa, pelo exercício "brilhante" na área da arquitetura e como "figura ética".

São da sua autoria - ou em coautoria com arquitetos como Nuno Portas, Bartolomeu Costa Cabral e João Braula Reis - o Bloco das Águas Livres, classificado em 2012 como monumento de interesse público, a Torre de Habitação Social nos Olivais Norte, o denominado "Edifício Franjinhas" e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, considerado monumento nacional desde 2010, projetos realizados em Lisboa, e distinguidos com Prémios Valmor.

Teotónio Pereira foi um dos arquitetos pioneiros na área da habitação social, tendo projetado não só para a capital portuguesa, mas também para Braga, Castelo Branco, Póvoa de Santa Iria, Barcelos e Vila Nova de Famalicão, nos anos de 1950 a 1970.

Entre 1948 a 1972, foi consultor de Habitações Económicas na Federação das Caixas de Previdência, tendo realizado o primeiro concurso para habitações de renda controlada.

Foi galardoado com o 2.º Prémio Nacional de Arquitetura da Fundação Calouste Gulbenkian (1961), pelo Edifício das Águas Livres, e Prémios Valmor para a Torre de Habitação nos Olivais Norte (1967), Edifício Franjinhas (1971) e Igreja do Sagrado Coração de Jesus (1975).

Era membro honorário da Ordem dos Arquitetos, desde 1994, e Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2003) e pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (2005).

 

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