Porque receber refugiados não é só abrir as portas – é necessária a compreensão de alguns aspetos importantes – começou esta quinta-feira uma formação para voluntários inscritos na Plataforma de Apoio, além de alguns elementos de instituições públicas.
A formação será dada, de acordo com a Rádio Renascença, maioritariamente via internet e abrangerá temas tão variados como racismo e a xenofobia, rotas migratórias e atual situação dos territórios em conflito, diálogo intercultural e inter-religioso, trauma e saúde mental na população refugiada.
A ação iniciou-se, como simbolismo, numa mesquita de Lisboa e tem os aspetos religiosos como um dos temas centrais, até porque a maior parte dos refugiados que vão chegar a Portugal é muçulmana.
“Tem de haver comida que seja apropriada. Carne de porco nunca e a outra carne tem de ser abatida segundo o nosso rito islâmico. O que é que há mais? É a questão das orações. As pessoas devem ter um espaço para orações e bastam para que saibam para onde está orientada Meca e o horário das orações”, explicou o líder da comunidade muçulmana em Portugal, Abdul Vakil.
À Renascença, o coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, revelou que a formação vai estender-se até dezembro.