Em Portugal, há cinco mil presos que trabalham em empresas ou autarquias. Os últimos dados disponíveis são do final de 2014 e constatam um aumento de 4% em relação a 2013. Atualmente, abraçam o trabalho 38% do total de 13 378 reclusos no país.
A prisão de Torres Novas é, neste aspeto, um exemplo. De acordo com o Diário de Notícias, o estabelecimento prisional envia os reclusos que estão em regime aberto para o trabalho nas obras públicas ou na limpeza da mata nas autarquias de Vila Nova da Barquinha e Almeirim.
Por este trabalho, os presos auferem de um rendimento diário de 22 euros, o que perfaz cerca de 660 euros mensais. Os contratos são celebrados por períodos de um ano e podem ser renovados.
Nuno Gonçalves é um dos reclusos da cadeia de Torres Novas nesta situação. Condenado a uma pena de sete anos por ter acumulado dezenas de multas por conduzir sem carta e por ter fugido à justiça, o antigo mecânico de 31 anos já cumpriu quatro de prisão. Estando em regime aberto, pode sair para trabalhar, mas com vigilância.