As novas receitas médicas, sem papel, serão implementadas em breve mas demorará algum tempo até que todos os hospitais e todas as pessoas se adaptem. A portaria sobre esta matéria entrará em vigor amanhã e há 60 dias de adaptação.
De acordo com o jornal Público, existem diversas razões positivas associadas à chegada das receitas eletrónicas mas Henrique Martins, presidente da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), garante que se trata de um processo bastante lento, dando o exemplo da Finlândia e da Suécia, que levaram “dez anos para conseguir a desmaterialização total”.
Esta medida permitirá que os médicos tenham acesso aos pacientes que levantam ou não as receitas prescritas. Em Portugal são aviados, por mês, cerca de sete milhões de euros de receitas, mas 15% das pessoas não as levantam pelas mais diversas razões, falta de dinheiro ou por não perceberem a dosagem passada pelo médico.
Até dezembro deverá estar criada uma aplicação que irá permitir que doente e médico mantenham contacto à distância, possibilitando a prescrição de medicamentos através de dispositivos móveis. “Assinam com a chave móvel digital e os doentes recebem um SMS com os códigos que lhe permitem comprar os medicamentos na farmácia”, explica o responsável da SPMS.
Além de todos os avanços positivos, esta medida foi implementada para combater a fraude nesta área, pois desta forma as receitas aviadas numa farmácia não poderão voltar a ser levantadas.