Praia mais bonita de Portugal vai ser 'enterrada' em areia do mar

Aquela que é considerada como "a praia mais bonita do mundo" vai ser alargada, de forma artificial, para o dobro do tamanho. A associação ambientalista Almaragem convocou um protesto para este sábado.

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Lusa
17/04/2015 08:56 ‧ 17/04/2015 por Lusa

País

Lagos

A praia D. Ana, no concelho de Lagos, vai ser aumentada, de forma artificial, para o dobro da área. A intervenção, prevista desde 1999 no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura/Burgau, prevê a consolidação das arribas, para minimizar os efeitos da erosão, e o alargamento do areal em cerca de 25 metros, com a recarga de cerca de 140 mil metros cúbicos de areia.

A associação ambientalista Almargem convocou esta quinta-feira uma manifestação para sábado para "exigir a suspensão imediata" dos trabalhos de consolidação das arribas e da recarga artificial na Praia de D. Ana.

Em comunicado, a associação algarvia de defesa do património cultural e ambiental considera que a intervenção vai "destruir a praia mais bonita do mundo" e levanta "de novo a polémica em torno das soluções que têm sido postas em prática para, alegadamente, tornar mais seguras as praias do Algarve face ao risco de desabamento das arribas".

Para a Almargem, a recarga artificial terá como consequência "a destruição da paisagem marítima ancestral e deslumbrante da Praia de D. Ana, razão pela qual foi considerada pela revista Condé Nast Traveller como "a praia mais bonita do mundo" e distinguida pelo site de viagens TripAdvisor como a "melhor praia de Portugal".

Os ambientalistas asseguram que "estas intervenções, por si só, não fazem desaparecer o risco para os banhistas que frequentam as praias com arribas instáveis".

A empreitada de alargamento e consolidação das arribas na praia da D. Ana, orçada em 1,8 milhões de euros, chegou a ser iniciada em 2009, mas foi suspensa poucos dias depois, devido a um erro técnico no projeto.

Os trabalhos, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), iniciaram-se na segunda-feira, prevendo-se a sua conclusão no mês de junho.

Segundo a APA, a praia ficará mais segura com cerca de 40 metros de areal, o que permitirá que as pessoas fiquem afastadas das falésias.

A manifestação convocada pela Almargem para exigir a suspensão dos trabalhos está marcada para as 15:00 de sábado, junto à praia.

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