O único condenado teve uma pena de 15 meses de cadeia por condução ilegal e resistência e coacção sobre funcionário.
Quanto aos restantes, o tribunal considerou não haver prova suficiente para condenação, para além de alguns dos arguidos já terem sido julgados e condenados pelos factos constantes da acusação.
A maior dificuldade da acusação neste processo esteve na associação dos arguidos aos crimes que lhe estavam imputados, uma vez que agiram encapuzados.
O agente da PJ, vítima de uma tentativa de homicídio, disse reconhecer o agressor pela sua forma de andar, mas o tribunal não considerou tal como sendo suficiente para o condenar.
Julgado em 2010 por vários crimes, o gangue de Valbom respondia agora por outros actos violentos, incluindo a tentativa homicídio do inspector Carlos Castro, na Maia, em Abril de 2008, altura em que lhe roubaram o veículo pessoal pelo método de carjacking.
Um encapuzado atingiu Carlos Castro a tiro de shotgun, em 16 de Abril de 2008, quando o inspector chegava a casa, na viatura pessoal, com os seus dois filhos menores. Ficou ferido no rosto, no pescoço e numa mão, sendo submetido já a diversas cirurgias estéticas
O homicídio tentado do inspector integrava a acusação do processo original do ‘gangue de Valbom’, dele tendo sido retirado num despacho saneador da 4.ª Vara Criminal, já em 2010.
Além do homicídio tentado, o processo agora em julgamento, com um total de 11 arguidos (um 12.º morreu entretanto), reportou-se a diversos episódios violentos ocorridos em 2008, nomeadamente assaltos a ourives.
O ‘gangue de Valbom’ tem o nome associado a uma localidade do concelho de Gondomar e foi desarticulado na “Operação Charlie”, realizada por 150 elementos da PJ, em Setembro de 2008.