Em causa está a Doença Hemorrágica Viral (DHV) dos coelhos, que desde dezembro matou milhares de animais nas ilhas Graciosa, São Jorge, Terceira, Flores, São Miguel, Faial e Santa Maria.
Num comunicado, o executivo açoriano informa que além de proibir a caça, vai adotar para Santa Maria e para o Faial as mesmas "medidas preventivas" que já aplicou nas outras ilhas afetadas e que "têm revelado resultados positivos".
"Para conter a disseminação do vírus e os níveis de mortandade entre as populações de coelhos, têm sido promovidas ações destinadas a informar a população e os caçadores sobre como atuar, apelando-se a que os serviços florestais locais sejam imediatamente avisados de animais encontrados mortos para procederem à sua recolha e registo", explica o Governo Regional.
Segundo o executivo, outras dessas medidas passam pelo "controle e realização diária de vistorias", "recolha e eliminação dos cadáveres" e pela colocação de editais informativos em locais públicos, como portos e aeroportos, proibindo o trânsito de coelhos e seus derivados.
Na Graciosa, a primeira ilha onde foi detetado o problema, não são encontrados coelhos mortos desde o final de dezembro, diz o Governo dos Açores, sublinhando a importância da adoção destas "medidas preventivas".
Até agora, foram encontrados 144 coelhos mortos em Santa Maria, sete no Faial, 1.371 na Terceira, 1.620 em São Jorge, 6.860 nas Flores e 196 em São Miguel. Não são encontrados coelhos mortos na Terceira e nas Flores desde o dia 11 de fevereiro e em São Jorge desde o dia 02, segundo a mesma nota.
O Governo Regional acrescenta que, no caso de São Miguel, as análises laboratoriais ainda não confirmaram que os coelhos morreram com a DHV.
Por outro lado, lembra que a doença é muito contagiosa entre os coelhos, mas não se transmite aos seres humanos ou a outras espécies animais. No entanto, a carne dos animais infetados não deve ser consumida.